quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Se não morrer não dá fruto.


Se tentarem te enterrar não esqueça, somos sementes. Ninguém morre se tiver obra, o que vai embora é a sua carreira o que permanece é a fé e o legado que você deixou nos corações dos que te conheceram.

"Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele fica só. Mas, se morre, produz muito fruto." - (Jo 12,24)

Jesus aqui falava dEle mesmo, pois somente com a sua morte, nascemos de novo, e assim começamos a produzir fruto dignos de arrependimento. "Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;" Mateus 3:8


Sua história só não será lembrada se você não se importou em escreve-la com Deus.

Não faça da sua vida rascunho, pois não talvez não terás tempo de passá-la a limpo.

Viva com responsabilidade, viva intensamente, não economize afeto e conhecimento. Não fale mal, não guarde rancor, sorria, agradeça, fale com Deus logo pela manhã e pense nEle se possível todo o momento, abrace, ame, elogie, reconheça, seja simples.

Na morte você não será lembrado pelo número de pessoas que te serviram, mas pelo tanto de pessoas que você conseguiu servir.

Nunca esgote o semear do seu pão. Pois a vida gira e um dia talvez precisarás ter que colher, e como colher se não se preocupou em plantar?

"Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Reparte com sete, e ainda até com oito; porque não sabes que mal haverá sobre a terra." Eclesiastes 11:1,2

Não se queixe dos infortúnios que a vida lhe permite enfrentar, ao invés de perguntar a Deus o por que? Pergunte-o para que? "Pois todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados pelo seu propósito." Rm.8.28

Faça a leitura correta de sua trajetória e busque o bem de Deus por trás de cada momento de sua vida.

Deus te abençoe meu filho e filha. Nunca deixes de ser uma semente.

Pr. Neemias Fagundes

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Minha consciência, ignorá-la ou ouvir-la?

"Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé." 1 Timóteo 1:19



Ela pode nos despertar sempre para o que é honesto, ético, respeitável, justo enquanto eu lhe der ouvido. Até o dia em que eu começar a ignorá-la e fazer apenas o que meu instinto desejar. Fazer escolha na vida deve ser uma atitude analisada com muita frieza e seriedade.


Não sejas volúvel. Não pregues uma coisa hoje que não tenha certeza que continuarás pregando daqui a 10 anos. Nunca será fácil defender a verdade, porém seja firme e constante se estás lutando pela verdade e com a verdade. "Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade." 2 Coríntios 13:8


Sabemos que virou rotina as pessoas mudarem de forma volúvel, não tenho nada contra a mudança, tenho contra mudar por qualquer coisa, se é para defender, saiba bem o que escolheu para defender, se for para mudar, mude pela coisa certa. 

Ninguém aguenta quem muda todo instante e nunca assume que não soube entender que era necessário primeiro aprender, amadurecer. Mudam o discurso de maneira tão leviana. O que não podia, agora pode, o que era pecado agora está liberado. O que fazer nessa hora? Se Render? Juntar? 


Como eu seria capaz de trair a Deus? Como trair a sua palavra? Como trair minha consciência? Jamais! 




Quero poder deitar, dormir , acordar como o salmista: "O Senhor me sustentou." 




Minha consciência, é também minha paz com Deus. "E por isso procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens." Atos 24:16

Pr. Neemias Fagundes

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Tirai a Máscara

Adorando a Deus em espírito e em verdade. Jo.4.24



Recentemente ministrei sobre este tema em uma festividade de jovens. O que busquei construir através deste versículo é um alerta ao triste quadro que encontra-se a adoração que lhe é oferecida. 

É bom atentar logo de início de conversa que adorar a Deus não está restrito ao tempo que ficamos dentro do templo. Ali na verdade estamos congregando juntos num mesmo espírito e comunhão a fim de adorarmos a Deus de forma pública. Entretanto a nossa vida é um culto a Deus. Aliás, devemos cultuar a Deus em tudo que fizermos: “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.” 1 Coríntios 10:31, se há algum louvor isso devemos prestar em adoração a Ele até em nossos pensamentos, “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” Filipenses 4:8

O real problema em nossos dias é que subestimamos Deus, ou tentamos fazê-lo. Somos muitas vezes seduzidos pelos encantos daqueles que enchem nosso ego como se de fato fossemos aquilo que os mesmo criaram. 

Máscaras, quantas vezes você usa e não percebe? Talvez disseram tantas coisas boas ao seu respeito, que você não se deu conta que absorveu a idéia sem se quer questionar a verdade. Nossa como você canta muito! Você é muito inteligente! Você prega demais! Você faz isso ou aquilo como nenhum outro jamais conseguiu! Vocês é um casal perfeito! Sua família é muito linda!

Sim, são frases como essas que de fato criam uma venda em nossa realidade. Vestimos a roupa que as pessoas colocam sobre nossa vida. Relaxamos em nossa vida de dedicação, paramos de orar, ler a bíblia, reunir a família, passear com a esposa, estudar e etc. Passamos a aderir uma fachada em nossa vida de adoração a Deus. 

Mentira! Isso que a nossa vida é para Deus. As pessoas podem até ter uma idéia errada sobre você, mas a quem interessa de fato a sua vida? Aos homens ou a Deus?

Naquele dia muitos ministérios que hoje admiramos vão cair por terra; “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” Mateus 7:22,23

É um ledo engano achar que uma vida de muito serviço cristão, poderá compensar nossa mentira. Chega de vestir-se de personalidade gerada pela própria vaidade e seja verdadeiro para com Deus e os homens. “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa,” Hebreus 10:22

Tirai a máscara, deixe seu coração à vista de Deus. Não o subestime, Ele te conhece quando está no seu quarto, Ele te ver onde ninguém te ver, Ele sabe o que faz ou fala quando não pode ser notado, Ele sabe o que escreveu, ou acessou, Ele conhece o histórico de sua vida, mesmo aquele que você deletou a vista do seus filhos e esposa.

Se for para adorar a Deus, seja você mesmo. Se há algo que Deus ama e elogia é um “homem fiel, temente a Deus e que se desvia do mal” Jó.1.1

Davi foi um homem segundo o coração de Deus não por que era perfeito, mas porque era coerente com a verdade. Nada podia contra a verdade se não pela verdade. 

“Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.” 2 Coríntios 13:8

Tirai a máscara!

“Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.
E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha,
A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.
Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão.
Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.” 1 Coríntios 3:11-15


Deus o abençoe



Pr. Neemias Fagundes

terça-feira, 14 de julho de 2015

Idolatria Gospel.

Falamos dos pagãos, mas comportamos como eles.

Púlpito não é altar, pastor não é sacerdote, cantores não são levitas e local de culto não é templo. (Cl.2.16-19)


Será que precisamos de uma outra Reforma doutrinária? Não começamos no Espírito e estamos terminando na carne?


" Ó insensatos gálatas! quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi evidenciado, crucificado, entre vós? Só quisera saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?

Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne? Será em vão que tenhais padecido tanto? Se é que isso também foi em vão. Aquele, pois, que vos dá o Espírito, e que opera maravilhas entre vós, o faz pelas obras da lei, ou pela pregação da fé?" (Gl.3.1-5)

"Meu povo está sendo DESTRUÍDO porque lhe falta conhecimento" Os.4.6 das escrituras. Ainda hoje muitos falam o que sabem, (pois aprenderam errados à século) sem saber o que dizem. "Não sabem discernir a mão direita da esquerda" (Jn.4.11) (ou seja são crianças ministeriais) muito menos discernir a Nova Aliança da Antiga. (Ao menos leiam Hb.10)

É por isso que alguns que olham o local de culto como "templo santo" guardam apenas o pé, simulando uma aparência de piedade (2Tm.3.5) eles se apresentam como crentes em Cristo, alguns entram de cabeça baixa, fala mansa, bíblia na altura do peito, porém mantém o coração impuro, cheio de lascívia e julgamentos.

Outros oficializam o "sacerdócio" como os "ungidos do Senhor" ou os "Intocáveis"como se isso o tornasse isento de culpas mais são adúlteros, ébrios e filhos de Eli. (1 Sm.2.27-36) Esta posição na antiga aliança era de mediador entre Deus e o homem, e hoje não ha mais necessidade de tal ofício, pois só existe um mediador que é Jesus Cristo e é pelo sangue dEle que podemos entrar na sala do trono. 1 Tm.2.5. Todos hoje somos sacerdócios no sentido de poder entrar com a cara descoberta na sala do trono apresentando nossas vidas como sacrifícios vivos.


"Porém, vós sois geração eleita, sacerdócio real, " 1Pd.2.9 e "Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus," Hb.10.19


"Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus." (Mateus 22.29)


Tudo que Deus nos concedeu no passado foram apenas sombra da Nova Aliança que já chegou através da cruz de Cristo. Não podemos tornar a sombra mais importante do que Aquele que à projetou.


"porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo." (Colossenses 2.17)


Nunca a causa será maior do que a origem, todos somos sacerdócios em Cristo não para oficializar o sacrifício, mas para nos apresentarmos diante dEle sem culpa e remidos pelo sangue que entrou UMA VEZ POR TODAS no Santo dos Santos.


"Não por meio de sangue de bodes e novilhos, mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, e obteve eterna redenção." Hb.9.12


"também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.” (1Pe 2. 5)




Deixemos todo embaraço.




Pr. Neemias Fagundes

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Ou Deus destrói o teu pecado ou teu pecado te destruirá.


Ontem foi ministrado uma palavra em Fp.3.13-14 e Lc.13.24

"Uma coisa sei e agora eu faço, deixando as coisas que para trás ficam prossigo para o ALVO...Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão e não a encontrarão"
Porquê vivemos? Uns vivem para comer, outros para vestir, divertir, passear, sexo, dinheiro, trabalho, comprar, vender e etc.

Se não descobrirmos para quê vivemos a vida perde o sentido. Viver é mais que estabelecer propósito, precisamos descobrir se estamos direcionando nossa vida para o propósito certo. Paulo diz: "para mim o morrer e viver" Fp.1.21, então a morte na visão de Paulo é vida. Que morte é essa? Como ela acontece na vida? Precisamos descobri-la e trabalha-la. Morrer para o mundo. Morremos para o mundo quando ele não tem mais poder sobre nossa existência. Morremos quando a salvação é uma realidade em nós. Pergunta: você é salvo? Sim! De quê? Do Inferno!

Pois bem deixe-me perguntar novamente, mas de outra forma, pois acho que você ainda não entendeu o conceito de salvação.
Você é salvo da ira, luxúria, cobiça, lascívia, do amor ao dinheiro, da mágoa, pornografia, cobiça, hipocrisia, mentira, dos segredos terríveis, e etc?

Uma coisa Paulo sabia e decidiu, deixar as coisas que para trás ficam. Jesus nos chama a lutar por entrar pela porta estreita, ele não chama para salvar-se pois isso é dom de Deus, mas Ele chama para vivermos a evidencia da salvação. RENÚNCIA

Ninguém pode admitir de fato está salvo se não estiver porfiando pela mortificação da carne. Não podemos ter o amor de Deus derramado em nosso coração, que é o Espírito Santo (Rm.5.5) e ao mesmo tempo amarmos o mundo com seus prazeres, pois quem assim o faz o amor de Deus não está nele. (1 Jo.2.15)

O carro tem o para-brisa que aponta sempre para frente e nos protege das intempéries e também um retrovisor que nos mostra o que passou. (Retrô o que ficou atrás). Observe que o retrovisor é pequeno, pois apenas nos diz que passado é referencia e não direção. Tem muita gente que tem um para-brisa pequeno e um retrovisor enorme, por isso não consegue se desprender do passado, pois tem saudosa memória do Egito. Fala com orgulho do que era: "Você tem sorte que hoje Deus mudou minha vida, pois se fosse em outro tempo eu tinha te dado uns sacode!", deveríamos ter vergonha do que deixamos para trás e não orgulho ao lembrarmos.

Abandone o pecado, fuja do passado, faça isso hoje, "Uma coisa sei e agora eu faço, deixando as coisas que para trás ficam prossigo para o ALVO"

Lute para entrar pela porta estreita, quem disse que seria fácil, este outro evangelho que pregam por aí? Não caia nessa falácia, é com lágrimas, decisão, renúncia, cruz, morte que alcançaremos o Reino dos céus. Difícil? Quem quer ir após Jesus, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-o. (Mc.8.37)

Ou Deus destrói o teu pecado ou teu pecado te destruirá.

Faça a sua escolha!

Pr. Neemias Fagundes

domingo, 24 de maio de 2015

Desigrejados


Acabei de dedicar um post acerca dos desigrejados evangélicos. Augustus Nicodemus, chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, escreveu um belo texto acerca deste assunto aqui. Reproduzo o seu texto aqui: 

Para mim resta pouca dúvida de que a igreja institucional e organizada está hoje no centro de acirradas discussões em praticamente todos os quartéis da cristandade, e mesmo fora dela. O surgimento de milhares de denominações evangélicas, o poderio apostólico de igrejas neopentecostais, a institucionalização e secularização das denominações históricas, a profissionalização do ministério pastoral, a busca de diplomas teológicos reconhecidos pelo estado, a variedade infindável de métodos de crescimento de igrejas, de sucesso pastoral, os escândalos ocorridos nas igrejas, a falta de crescimento das igrejas tradicionais, o fracasso das igrejas emergentes – tudo isto tem levado muitos a se desencantarem com a igreja institucional e organizada.

Alguns simplesmente abandonaram a igreja e a fé. Mas, outros, querem abandonar apenas a igreja e manter a fé. Querem ser cristãos, mas sem a igreja. Muitos destes estão apenas decepcionados com a igreja institucional e tentam continuar a ser cristãos sem pertencer ou frequentar nenhuma. Todavia, existem aqueles que, além de não mais frequentarem a igreja, tomaram esta bandeira e passaram a defender abertamente o fracasso total da igreja organizada, a necessidade de um cristianismo sem igreja e a necessidade de sairmos da igreja para podermos encontrar Deus. Estas idéias vêm sendo veiculadas através de livros, palestras e da mídia. Viraram um movimento que cresce a cada dia. São os desigrejados.

Muitos livros recentes têm defendido a desigrejação do cristianismo (*). Em linhas gerais, os desigrejados defendem os seguintes pontos.

1) Cristo não deixou qualquer forma de igreja organizada e institucional.

2) Já nos primeiros séculos os cristãos se afastaram dos ensinos de Jesus, organizando-se como uma instituição, a Igreja, criando estruturas, inventando ofícios para substituir os carismas, elaborando hierarquias para proteger e defender a própria instituição, e de tal maneira se organizaram que acabaram deixando Deus de fora. Com a influência da filosofia grega na teologia e a oficialização do cristianismo por Constantino, a igreja corrompeu-se completamente.

3) Apesar da Reforma ter se levantado contra esta corrupção, os protestantes e evangélicos acabaram caindo nos mesmíssimos erros, ao criarem denominações organizadas, sistemas interligados de hierarquia e processos de manutenção do sistema, como a disciplina e a exclusão dos dissidentes, e ao elaborarem confissões de fé, catecismos e declarações de fé, que engessaram a mensagem de Jesus e impediram o livre pensamento teológico.

4) A igreja verdadeira não tem templos, cultos regulares aos domingos, tesouraria, hierarquia, ofícios, ofertas, dízimos, clero oficial, confissões de fé, rol de membros, propriedades, escolas, seminários.

5) De acordo com Jesus, onde estiverem dois ou três que crêem nele, ali está a igreja, pois Cristo está com eles, conforme prometeu em Mateus 18. Assim, se dois ou três amigos cristãos se encontrarem no Frans Café numa sexta a noite para falar sobre as lições espirituais do filme O Livro de Eli, por exemplo, ali é a igreja, não sendo necessário absolutamente mais nada do tipo ir à igreja no domingo ou pertencer a uma igreja organizada.

6) A igreja, como organização humana, tem falhado e caído em muitos erros, pecados e escândalos, e prestado um desserviço ao Evangelho. Precisamos sair dela para podermos encontrar a Deus.

Eu concordo com vários dos pontos defendidos pelos desigrejados. Infelizmente, eles estão certos quanto ao fato de que muitos evangélicos confundem a igreja organizada com a igreja de Cristo e têm lutado com unhas e dentes para defender sua denominação e sua igreja, mesmo quando estas não representam genuinamente os valores da Igreja de Cristo. Concordo também que a igreja de Cristo não precisa de templos construídos e nem de todo o aparato necessário para sua manutenção. Ela, na verdade, subsistiu de forma vigorosa nos quatro primeiros séculos se reunindo em casas, cavernas, vales, campos, e até cemitérios. Os templos cristãos só foram erigidos após a oficialização do Cristianismo por Constantino, no séc. IV.

Os desigrejados estão certos ao criticar os sistemas de defesa criados para perpetuar as estruturas e a hierarquia das igrejas organizadas, esquecendo-se das pessoas e dando prioridade à organização. Concordo com eles que não podemos identificar a igreja com cultos organizados, programações sem fim durante a semana, cargos e funções como superintendente de Escola Dominical, organizações internas como uniões de moços, adolescentes, senhoras e homens, e métodos como células, encontros de casais e de jovens, e por ai vai. E também estou de acordo com a constatação de que a igreja institucional tem cometido muitos erros no decorrer de sua longa história.

Dito isto, pergunto se ainda assim está correto abandonarmos a igreja institucional e seguirmos um cristianismo em vôo solo. Pergunto ainda se os desigrejados não estão jogando fora o bebê junto com a água suja da banheira. Ao final, parece que a revolta deles não é somente contra a institucionalização da igreja, mas contra qualquer coisa que imponha limites ou restrições à sua maneira de pensar e de agir. Fico com a impressão que eles querem se livrar da igreja para poderem ser cristãos do jeito que entendem, acreditarem no que quiserem – sendo livres pensadores sem conclusões ou convicções definidas – fazerem o que quiserem, para poderem experimentar de tudo na vida sem receio de penalizações e correções. Esse tipo de atitude anti-instituição, antidisciplina, anti-regras, anti-autoridade, antilimites de todo tipo se encaixa perfeitamente na mentalidade secular e revolucionária de nosso tempo, que entra nas igrejas travestida de cristianismo.

É verdade que Jesus não deixou uma igreja institucionalizada aqui neste mundo. Todavia, ele disse algumas coisas sobre a igreja que levaram seus discípulos a se organizarem em comunidades ainda no período apostólico e muito antes de Constantino.

1) Jesus disse aos discípulos que sua igreja seria edificada sobre a declaração de Pedro, que ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.15-19). A igreja foi fundada sobre esta pedra, que é a verdade sobre a pessoa de Jesus (cf. 1Pd 2.4-8). O que se desviar desta verdade – a divindade e exclusividade da pessoa de Cristo – não é igreja cristã. Não admira que os apóstolos estivessem prontos a rejeitar os livre-pensadores de sua época, que queriam dar uma outra interpretação à pessoa e obra de Cristo diferente daquela que eles receberam do próprio Cristo. As igrejas foram instruídas pelos apóstolos a rejeitar os livre-pensadores como os gnósticos e judaizantes, e libertinos desobedientes, como os seguidores de Balaão e os nicolaítas (cf. 2Jo 10; Rm 16.17; 1Co 5.11; 2Ts 3.6; 3.14; Tt 3.10; Jd 4; Ap 2.14; 2.6,15). Fica praticamente impossível nos mantermos sobre a rocha, Cristo, e sobre a tradição dos apóstolos registrada nas Escrituras, sem sermos igreja, onde somos ensinados, corrigidos, admoestados, advertidos, confirmados, e onde os que se desviam da verdade apostólica são rejeitados.

2) A declaração de Jesus acima, que a sua igreja se ergue sobre a confissão acerca de sua Pessoa, nos mostra a ligação estreita, orgânica e indissolúvel entre ele e sua igreja. Em outro lugar, ele ilustrou esta relação com a figura da videira e seus galhos (João 15). Esta união foi muito bem compreendida pelos seus discípulos, que a compararam à relação entre a cabeça e o corpo (Ef 1.22-23), a relação marido e mulher (Ef 5.22-33) e entre o edifício e a pedra sobre o qual ele se assenta (1Pd 2.4-8). Os desigrejados querem Cristo, mas não querem sua igreja. Querem o noivo, mas rejeitam sua noiva. Mas, aquilo que Deus ajuntou, não o separe o homem. Não podemos ter um sem o outro.

3) Jesus instituiu também o que chamamos de processo disciplinar, quando ensinou aos seus discípulos de que maneira deveriam proceder no caso de um irmão que caiu em pecado (Mt 18.15-20). Após repetidas advertências em particular, o irmão faltoso, porém endurecido, deveria ser excluído da “igreja” – pois é, Jesus usou o termo – e não deveria mais ser tratado como parte dela (Mt 18.17). Os apóstolos entenderam isto muito bem, pois encontramos em suas cartas dezenas de advertências às igrejas que eles organizaram para que se afastassem e excluíssem os que não quisessem se arrepender dos seus pecados e que não andassem de acordo com a verdade apostólica. Um bom exemplo disto é a exclusão do “irmão” imoral da igreja de Corinto (1Co 5). Não entendo como isto pode ser feito numa fraternidade informal e livre que se reúne para bebericar café nas sextas à noite e discutir assuntos culturais, onde não existe a consciência de pertencemos a um corpo que se guia conforme as regras estabelecidas por Cristo.

4) Jesus determinou que seus seguidores fizessem discípulos em todo o mundo, e que os batizassem e ensinassem a eles tudo o que ele havia mandado (Mt 28.19-20). Os discípulos entenderam isto muito bem. Eles organizaram os convertidos em igrejas, os quais eram batizados e instruídos no ensino apostólico. Eles estabeleceram líderes espirituais sobre estas igrejas, que eram responsáveis por instruir os convertidos, advertir os faltosos e cuidar dos necessitados (At 6.1-6; At 14.23). Definiram claramente o perfil destes líderes e suas funções, que iam desde o governo espiritual das comunidades até a oração pelos enfermos (1Tm 31-13; Tt 1.5-9; Tg 5.14).

5) Não demorou também para que os cristãos apostólicos elaborassem as primeiras declarações ou confissões de fé que encontramos (cf. Rm 10.9; 1Jo 4.15; At 8.36-37; Fp 2.5-11; etc.), que serviam de base para a catequese e instrução dos novos convertidos, e para examinarem e rejeitarem os falsos mestres. Veja, por exemplo, João usando uma destas declarações para repelir livre-pensadores gnósticos das igrejas da Ásia (2Jo 7-10; 1Jo 4.1-3). Ainda no período apostólico já encontramos sinais de que as igrejas haviam se organizado e estruturado, tendo presbíteros, diáconos, mestres e guias, uma ordem de viúvas e ainda presbitérios (1Tm 3.1; 5.17,19; Tt 1.5; Fp 1.1; 1Tm 3.8,12; 1Tm 5.9; 1Tm 4.14). O exemplo mais antigo que temos desta organização é a reunião dos apóstolos e presbíteros em Jerusalém para tratar de um caso de doutrina – a inclusão dos gentios na igreja e as condições para que houvesse comunhão com os judeus convertidos (At 15.1-6). A decisão deste que ficou conhecido como o “concílio de Jerusalém” foi levada para ser obedecida nas demais igrejas (At 16.4), mostrando que havia desde cedo uma rede hierárquica entre as igrejas apostólicas, poucos anos depois de Pentecostes e muitos anos antes de Constantino.

6) Jesus também mandou que seus discípulos se reunissem regularmente para comer o pão e beber o vinho em memória dele (Lc 22.14-20). Os apóstolos seguiram a ordem, e reuniam-se regularmente para celebrar a Ceia (At 2.42; 20.7; 1Co 10.16). Todavia, dada à natureza da Ceia, cedo introduziram normas para a participação nela, como fica evidente no caso da igreja de Corinto (1Co 11.23-34). Não sei direito como os desigrejados celebram a Ceia, mas deve ser difícil fazer isto sem que estejamos na companhia de irmãos que partilham da mesma fé e que crêem a mesma coisa sobre o Senhor.

É curioso que a passagem predileta dos desigrejados – “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.20) – foi proferida por Jesus no contexto da igreja organizada. Estes dois ou três que ele menciona são os dois ou três que vão tentar ganhar o irmão faltoso e reconduzi-lo à comunhão da igreja (Mt 18.16). Ou seja, são os dois ou três que estão agindo para preservar a pureza da igreja como corpo, e não dois ou três que se separam dos demais e resolvem fazer sua própria igrejinha informal ou seguir carreira solo como cristãos.

O meu ponto é este: que muito antes do período pós-apostólico, da intrusão da filosofia grega na teologia da Igreja e do decreto de Constantino – os três marcos que segundo os desigrejados são responsáveis pela corrupção da igreja institucional – a igreja de Cristo já estava organizada, com seus ofícios, hierarquia, sistema disciplinar, funcionamento regular, credos e confissões. A ponto de Paulo se referir a ela como “coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3.15) e o autor de Hebreus repreender os que deixavam de se congregar com os demais cristãos (Hb 10.25). O livro de Atos faz diversas menções das “igrejas”, referindo-se a elas como corpos definidos e organizados nas cidades (cf. At 15.41; 16.5; veja também Rm 16.4,16; 1Co 7.17; 11.16; 14.33; 16.1; etc. – a relação é muito grande).

No final, fico com a impressão que os desigrejados, na verdade, não são contra a igreja organizada meramente porque desejam uma forma mais pura de Cristianismo, mais próxima da forma original – pois esta forma original já nasceu organizada e estruturada, nos Evangelhos e no restante do Novo Testamento. Acho que eles querem mesmo é liberdade para serem cristãos do jeito deles, acreditar no que quiserem e viver do jeito que acham correto, sem ter que prestar contas a ninguém. Pertencer a uma igreja organizada, especialmente àquelas que historicamente são confessionais e que têm autoridades constituídas, conselhos e concílios, significa submeter nossas idéias e nossa maneira de viver ao crivo do Evangelho, conforme entendido pelo Cristianismo histórico. Para muitos, isto é pedir demais.

Eu não tenho ilusões quanto ao estado atual da igreja. Ela é imperfeita e continuará assim enquanto eu for membro dela. A teologia Reformada não deixa dúvidas quanto ao estado de imperfeição, corrupção, falibilidade e miséria em que a igreja militante se encontra no presente, enquanto aguarda a vinda do Senhor Jesus, ocasião em que se tornará igreja triunfante. Ao mesmo tempo, ensina que não podemos ser cristãos sem ela. Que apesar de tudo, precisamos uns dos outros, precisamos da pregação da Palavra, da disciplina e dos sacramentos, da comunhão de irmãos e dos cultos regulares.

Cristianismo sem igreja é uma outra religião, a religião individualista dos livre-pensadores, eternamente em dúvida, incapazes de levar cativos seus pensamentos à obediência de Cristo.


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NOTA:

(*) Podemos mencionar entre eles: George Barna, Revolution (Revolução), 2005; William P. Young, The Shack: a novel (A Cabana: uma novela), 2007; Brian Sanders, Life After Church (Vida após a igreja), 2007; Jim Palmer, Divine Nobodies: shedding religion to find God (Joões-ninguém divinos: deixando a religião para encontrar a Deus), 2006; Martin Zener, How to Quit Church without Quitting God (Como deixar a Igreja sem deixar a Deus), 2002; Julia Duin, Quitting Church: why the faithful are fleeing and what to do about it (Deixando a Igreja: por que os fiéis estão saindo e o que fazer a respeito disto), 2008; Frank Viola, Pagan Christianity? Exploring the roots of our church practices (Cristianismo pagão? Explorando as raízes das nossas práticas na Igreja), 2007; Paulo Brabo, Bacia das Almas: Confissões de um ex-dependente de igreja (2009).






Extraído de http://www.origemedestino.org.br/blog/johannesjanzen/?post=195


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Como saber se cometi o pecado imperdoável?

Como saber se cometeu o pecado imperdoável de Mc.3.29, Lc.12.10?

"Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo" Marcos 3:29

Primeiro é preciso entender o que é "blasfemar". Blasfemar significa proferir palavras malignas ou impias, difamar, usar linguagem ultrajante.
Observe os textos de nossa referencia, vejam que os fariseus insistentemente acusavam Jesus de expulsar demônios por está associado a Satanás. Ou seja eles atribuíram aos demônios a obra do Espírito de forma a ridicularizar quem foi usado simplesmente por oposição e não por verdade. Deixe-me explicar melhor, pois este assunto é delicado. Veja o argumento de Jesus em resposta a este assunto em Mt.12.25-29 

"Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino?
E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam então vossos filhos? Portanto, eles mesmos serão os vossos juízes.
Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus.
Ou, como pode alguém entrar na casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa?". 

Veja também em Mc.3.23-27. Observe que a explicação que Jesus dá para o argumento infundável dos fariseus, foi que para isso o inferno teria que está dividido em conflitos internos.
O que Jesus deixa claro é que os fariseus reconheciam que a obra não era maligna, mas por perversidade em seus corações atribuíram ao diabo de forma refletida e intencional e não apenas por um equívoco.
Entendemos então que blasfemar contra o Espírito Santo é uma ação refletida, intencional e motivada pela perversidade.
Logo se é imperdoável é porque não foi cometida por um cristão genuíno. Pois aquele que de fato recebeu em si a obra do Espirito Santo tem seu coração movido a um profundo reconhecimento da maravilhosa graça. 

Imagine um diálogo:

-Como posso saber que não cometi o pecado imperdoável? 
-Quando isso te importa!Deixe te explicar! O pecado imperdoável tem como característica o endurecimento do coração, o não arrependimento dos pecados cometidos. Pois todos sabemos que a obra do Espírito Santo no coração daquele que o recebeu  é convencê-lo "do pecado, da justiça e do juízo." João 16.8
Logo se você sente pesar pelo pecado cometido, repito pesar e não remorso. Você tem em sim a obra do Espírito Santo que é perfeita e pode assim ter a plena certeza que não cometeu o pecado imperdoável.
Davi viveu a graça no tempo da lei, e a isso ele clama: 

"Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo." Salmos 51:11

Uma pessoa sem o Espírito Santo deve se ter duas explicações: Primeiro ou ela ainda não o conheceu (Espirito Santo) ou conheceu, rejeitou a sua obra e foi entregue ao seu próprio coração, ou seja ao endurecimento. 

"Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. 
E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. 
Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si;" 
Romanos 1:21-24

Paulo nos adverte sobre o perigo de extinção do Espírito. "
Não extingais o Espírito." 1 Tessalonicenses 5:19

Entendemos então que todo aquele que cometeu o pecado imperdoável de fato nunca nasceu de novo. 
"Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé." 1 João 5:4

Outro texto mais gritante ainda sobre este assunto é: "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca." 1 João 5:18

"Não peca" no original quer dizer: Não permanece pecando pois a semente de Deus (Espirito e a palavra) está nele. "Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus." 1 João 3:9

Caro leitor o que quero lhe garantir na palavra é: Se em teu coração tens constante arrependimento e não se conforma com este mundo e seu pecados, aleluias! O Espírito Santo está em você, a graça está levando a cabo o que Ele começou em sua vida.

"Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;" Filipenses 1:6

Arrependa-se do seus pecados, busque a Deus enquanto você ainda o pode achar:

"Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor,"

Atos 3:19

Deus em Cristo nos abençoe.

Pr. Neemias Fagundes

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Quando o cansaço é uma realidade.

“A quem me haveis de comparar, haverá alguém que se pareça comigo?”, diz o Santo! Levantai os olhos para o alto e observai: Quem criou tudo isso? Quem põe em marcha o exército das estrelas, uma a uma, chamando cada uma pelo nome? Por causa da grandeza do seu poder, pela firmeza da sua autoridade, não falta uma sequer. Por que isto dizes, Jacó, Israel, por que reclamas: “O SENHOR ignora meu destino, Deus não vê o meu direito!”? Acaso não sabes? Ainda não ouviste falar? O SENHOR é o Deus eterno! Foi ele quem criou toda a extensão do mundo. Ele não corre nem se cansa, nem é possível pesquisar sua inteligência. É ele que dá ânimo ao cansado, recupera as forças do enfraquecido. Até os jovens se afadigam e cansam e mesmo os guerreiros às vezes tropeçam! mas os que esperam no SENHOR, renovam suas forças, criam asas como águia, correm e não se afadigam, andam, andam e nunca se cansam." Isaías 40.25-31


Quando olhamos apenas para os lados,  começamos a limitar a visão de nossa existência. Resumimos a vida a partir do que vemos ou aceitamos. Não somos capazes de aceitar nada que esteja longe do alcance do olhar. Aceitamos os acontecimentos ou as bençãos como resultado de nossas próprias possibilidades e o que passar daí consideramos como nulo, inexistente um sonho a ser esquecido.
O sobrenatural não se cogita jamais, seria de motivo de escárnio, loucura, algo para pessoas fracas e pequenas que não são capazes de lutar, crescer e conquistar com o seu braço o que o trabalho pode lhe proporcionar.
Não estou desprezando ou invalidando a importância do trabalho. Estou tentando conduzir o caro leitor ou leitora, a uma profunda reflexão com respeito a incapacidade de crer no que os olhos não podem ver. Neste mundo tão tecnológico e competitivo, somos treinados a ser materialistas, conquistadores, frios, descartáveis e a perder a sensibilidade das coisas que se relacionam a Deus.  
Nos tempos antigos os homens comparavam a criação como obra dos deuses babilônicos. O deslumbre para com o Deus criador se perdeu, pelas mentiras divulgadas nos corações dos povos. 

Deus então faz a célebre pergunta: “A quem me haveis de comparar, haverá alguém que se pareça comigo?”.

Ao povo que estava acostumado apenas a olhar para os lados, com uma visão limitada de realização Deus lhes convida a levantar os olhos para o alto e contemplar o infinito.
Precisamos nestes dias de fé não deturpada pelas mentiras do inferno, levantar os nossos olhos e resgatar o deslumbre perdido para com a grandeza do nosso Deus. "Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. " Sl.19.1
Precisamos de uma teologia sistemática sobre Deus nas igrejas, há pouco assombro, há pouca glória nos lábios do seu povo, há uma postura indiferente tomando conta dos nossos dias.

"Quem criou tudo isso? Quem põe em marcha o exército das estrelas, uma a uma, chamando cada uma pelo nome? Por causa da grandeza do seu poder, pela firmeza da sua autoridade, não falta uma sequer."

Como alguém pode pensar que o mundo, a vida ou qualquer outra coisa estão entregue ao acaso? Pode haver descaso de nossa parte, porém jamais acaso. As estrelas estão dispostas no lugar que Deus as determinou até hoje. Como um grande exército estão em posição diante do Senhor dos Exércitos. Ele o Deus Soberanos deu nome a cada uma dela e a todas chama pelo nome. Um dia Ele convidou  Abraão para contar as estrelas, Abraão tentou, mas a seguir confessou ser impossível pois algumas estavam longe do seu alcance. Gn.15.5.

Como alguém não ficaria deslumbrado com este Grande Deus? O próprio Jesus deu um testemunho maravilhoso sobre o nosso Pai. "Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos." Mateus 10:29-31

Se ele sabe o nome de cada estrela nos céus, você acha que o seu nome passaria despercebido por Ele? Não sei sua idade, mas desafio a você (que tem cabelo é logico rsrsr), com tantos anos de vida a me dizer: Quantos fios de cabelo você tem na cabeça? ou quanto pelo menos caíram no dia de hoje? Com certeza você não saberia me dizer, mas vou lhe dizer algo: Deus sabe!

"Por que isto dizes, Jacó, Israel, por que reclamas: “O SENHOR ignora meu destino, Deus não vê o meu direito!”? 

Como pode alguém em sã consciência dizer algo assim a respeito de Deus. Eu te explico! Visão curta e para baixo. Se Deus cuida de coisas de menos importância comparado ao homem como pássaros, folhas, lírios do campo, não poderia Ele cuidar da obra prima de sua criação que é você caro leitor?

"Acaso não sabes? Ainda não ouviste falar? O SENHOR é o Deus eterno! Foi ele quem criou toda a extensão do mundo. Ele não corre nem se cansa, nem é possível pesquisar sua inteligência. É ele que dá ânimo ao cansado, recupera as forças do enfraquecido. Até os jovens se afadigam e cansam e mesmo os guerreiros às vezes tropeçam! mas os que esperam no SENHOR, renovam suas forças, criam asas como águia, correm e não se afadigam, andam, andam e nunca se cansam." 

Não olhe para baixo, levante a cabeça. Se anime, tua fraqueza deve te levar a para perto de Deus e nunca para longe dEle.

Deus em Cristo te abençoe e te fortaleça.

Pr. Neemias Fagundes




terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Que geração é essa?


Quando olho para a geração de crente deste século e comparo com os cristãos do primeiro século, me sinto envergonhado em fazer parte de uma geração tão fraca e tão débil de crentes. 
Uma geração que não suporta um coliseu, uma cruz, uma fogueira, uma cova. Uma geração que bate no peito dizendo: "somos a geração do avivamento", mas vivem como mortos em pecados. Uma geração que não aceita disciplina, uma geração que não enfrentaria um desaforo sem arregaçar a manga e parti para o braço. Uma geração que não anda segundo a palavra, mas segundo seus corações. Uma geração que fala de santidade, mas não passa nem perto disso. Uma geração de desobedientes, insolentes, maldizentes, frios, carnais, mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus.

Uma geração que segundo Paulo escreveu 2Tm.3.5 "Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te." se diz crente, mas negam a eficácia da fé.
Uma geração que não suportam um puxão de orelha, uma disciplina, um afastamento de funções, privações, desempregos, doenças, calúnias e etc. Uma geração que não suporta que fale do tamanho da saia, do decote das irmãs, das fotos que se postam nos sites de relacionamentos, nas picuinhas dentro das igrejas, pois isso as afastaria da fé.
Que Deus tem misericórdia de nós, pois nunca na história da igreja, pisou neste solo uma geração tão fraca de crente como essa!
Para os que interpretam errado a epístola aos Hebreus 12.1 quando se refere a grande nuvens de testemunhas, deixo aqui um esclarecimento. O texto não se refere as testemunhas que nos assistem no mundo de hoje, mas as grandes nuvens de testemunhas que suportaram a hostilidade do seu tempo sem negar a fé. Elas nos dizem que podemos suportar também em Cristo desde de que deixemos tudo que nos embaraça (a infantilidade da fé) com este mundo e ou sistema.
"Portanto, também nós, considerando que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, desembaracemo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos está proposta," Hb.12.1
Deus em Cristo nos desperte!

Pr.Neemias Fagundes

Veja este vídeo se tiver coragem: https://www.youtube.com/watch?v=mHisWcgJdd0

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Viva com Sabedoria.

"Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.

Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?

Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.

Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.

O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.

Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.

Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.

O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.

Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.

Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois." Eclesiastes 1:2-11



Viva a vida com sabedoria, não desperdice-a com ódio e mentiras, pois um dia nossa geração vai passar e todos se esquecerão de quem fomos. A vida vai continuar independente que estejamos lá ou não. O sol vai continuar nascendo e se pondo mesmo que você não esteja mais lá como expectador. A chuva continuará caindo, as plantas continuarão a nascer, as estrelas continuarão brilhando para a próxima geração, a lua continuará inspirando serenata para os próximos casais.

O que devemos fazer? Não desperdiçar nossa geração com guerras, vaidades, mentiras, futilidades e mais futilidades. Pois a vida é como um vapor, logo se vai.


"Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece." Tiago 4:14

A vida é tão breve que o salmista à compara como um conto de pequenos livros.

"Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; passamos os nossos anos como um conto que se conta." Salmos 90:9

Ame as pessoas, elogie, reconheça, admire, incentive, fique feliz, viva a família, ame a esposa, beije seus filhos, diga a sua mãe ou seu pai que os ama.

Quando alguém prega melhor glorifique a Deus, cantou melhor agradeça a Deus, foi promovido(a) honre a Deus.


Que ao encerrar a carreira da vida você possa ter o sentimento que Paulo teve de dever cumprido.



"Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé." 2 Timóteo 4:7

Deus em Cristo te abençoe"

Pr. Neemias Fagundes

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O Bode Expiatório.

Quem já não se sentiu ser usado como um bode expiatório?

O que é Bode expiatório:

(Bode expiatório é uma expressão usada para definir uma pessoa sobre a qual recaem as culpas alheias. Bode expiatório é uma expressão popular que define o indivíduo que não consegue provar sua inocência, mesmo sem ser o responsável direto pela acusação. A expressão "bode expiatório" é usada quando alguém leva sozinho a culpa de um infortúnio.)


De onde surgiu esta expressão?

Da bíblia: O bode expiatório é um animal que era apartado do rebanho e deixado só na natureza selvagem como parte das cerimônias hebraicas do Yom Kippur, o Dia da Expiação, na época do Templo de Jerusalém. Este rito é descrito na Bíblia no livro do Levítico. 16.22

Se temos queixas na vida na verdade ela é fruto de nossos pecados. Lm.3.39

As vezes erramos a vida toda e quando nos deparamos com situações mal resolvidas apelamos para o bode expiatório (ou seja tentar achar alguém que fique como culpado de nosso problema mal resolvido que se arrasta a anos.)
Quem nunca se sentiu assim?

Na vida o bode expiatório pode ser mal compreendido porém não mal intencionando.

Sendo assim na vida sou responsável pelo que faço e falo e não pelo que os outros entendem ou querem.

Na vida criamos muitos bodes expiatórios. É mais fácil culparmos aos outros pelos nossos erros do que admitirmos nossas culpas. É mais fácil culparmos o prefeito, governador, presidente, polícia, pastor, líder do que admitir a sequencia de erros que cometemos ao longo dos anos e que nos arrastou até ali.
É mais fácil culpar o prefeito hoje do que reconhecer que tudo na verdade foi fruto de um efeito dominó. É mais fácil culparmos quem discorda de nossas opiniões do que avaliarmos nossas atitudes.

É mais fácil o bode levar minha culpa do que eu mesmo ter que assumi-la e carregá-la.



Pr. Neemias fagundes

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Qual é o teu Isaque?

Não deixe que as coisas de Deus te afaste de Deus. Não deixe que teu ministério seja mais importante do que Deus.

Quando Ele pediu a Abraão o Isaque, Ele foi bem específico: "Teu único filho" "Isaque" (que significa riso) "a quem tu amas"

Na verdade Deus estava ensinando a ele que a benção jamais será maior que o abençoador.

Pr. Neemias Fagundes