domingo, 24 de maio de 2015

Desigrejados


Acabei de dedicar um post acerca dos desigrejados evangélicos. Augustus Nicodemus, chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, escreveu um belo texto acerca deste assunto aqui. Reproduzo o seu texto aqui: 

Para mim resta pouca dúvida de que a igreja institucional e organizada está hoje no centro de acirradas discussões em praticamente todos os quartéis da cristandade, e mesmo fora dela. O surgimento de milhares de denominações evangélicas, o poderio apostólico de igrejas neopentecostais, a institucionalização e secularização das denominações históricas, a profissionalização do ministério pastoral, a busca de diplomas teológicos reconhecidos pelo estado, a variedade infindável de métodos de crescimento de igrejas, de sucesso pastoral, os escândalos ocorridos nas igrejas, a falta de crescimento das igrejas tradicionais, o fracasso das igrejas emergentes – tudo isto tem levado muitos a se desencantarem com a igreja institucional e organizada.

Alguns simplesmente abandonaram a igreja e a fé. Mas, outros, querem abandonar apenas a igreja e manter a fé. Querem ser cristãos, mas sem a igreja. Muitos destes estão apenas decepcionados com a igreja institucional e tentam continuar a ser cristãos sem pertencer ou frequentar nenhuma. Todavia, existem aqueles que, além de não mais frequentarem a igreja, tomaram esta bandeira e passaram a defender abertamente o fracasso total da igreja organizada, a necessidade de um cristianismo sem igreja e a necessidade de sairmos da igreja para podermos encontrar Deus. Estas idéias vêm sendo veiculadas através de livros, palestras e da mídia. Viraram um movimento que cresce a cada dia. São os desigrejados.

Muitos livros recentes têm defendido a desigrejação do cristianismo (*). Em linhas gerais, os desigrejados defendem os seguintes pontos.

1) Cristo não deixou qualquer forma de igreja organizada e institucional.

2) Já nos primeiros séculos os cristãos se afastaram dos ensinos de Jesus, organizando-se como uma instituição, a Igreja, criando estruturas, inventando ofícios para substituir os carismas, elaborando hierarquias para proteger e defender a própria instituição, e de tal maneira se organizaram que acabaram deixando Deus de fora. Com a influência da filosofia grega na teologia e a oficialização do cristianismo por Constantino, a igreja corrompeu-se completamente.

3) Apesar da Reforma ter se levantado contra esta corrupção, os protestantes e evangélicos acabaram caindo nos mesmíssimos erros, ao criarem denominações organizadas, sistemas interligados de hierarquia e processos de manutenção do sistema, como a disciplina e a exclusão dos dissidentes, e ao elaborarem confissões de fé, catecismos e declarações de fé, que engessaram a mensagem de Jesus e impediram o livre pensamento teológico.

4) A igreja verdadeira não tem templos, cultos regulares aos domingos, tesouraria, hierarquia, ofícios, ofertas, dízimos, clero oficial, confissões de fé, rol de membros, propriedades, escolas, seminários.

5) De acordo com Jesus, onde estiverem dois ou três que crêem nele, ali está a igreja, pois Cristo está com eles, conforme prometeu em Mateus 18. Assim, se dois ou três amigos cristãos se encontrarem no Frans Café numa sexta a noite para falar sobre as lições espirituais do filme O Livro de Eli, por exemplo, ali é a igreja, não sendo necessário absolutamente mais nada do tipo ir à igreja no domingo ou pertencer a uma igreja organizada.

6) A igreja, como organização humana, tem falhado e caído em muitos erros, pecados e escândalos, e prestado um desserviço ao Evangelho. Precisamos sair dela para podermos encontrar a Deus.

Eu concordo com vários dos pontos defendidos pelos desigrejados. Infelizmente, eles estão certos quanto ao fato de que muitos evangélicos confundem a igreja organizada com a igreja de Cristo e têm lutado com unhas e dentes para defender sua denominação e sua igreja, mesmo quando estas não representam genuinamente os valores da Igreja de Cristo. Concordo também que a igreja de Cristo não precisa de templos construídos e nem de todo o aparato necessário para sua manutenção. Ela, na verdade, subsistiu de forma vigorosa nos quatro primeiros séculos se reunindo em casas, cavernas, vales, campos, e até cemitérios. Os templos cristãos só foram erigidos após a oficialização do Cristianismo por Constantino, no séc. IV.

Os desigrejados estão certos ao criticar os sistemas de defesa criados para perpetuar as estruturas e a hierarquia das igrejas organizadas, esquecendo-se das pessoas e dando prioridade à organização. Concordo com eles que não podemos identificar a igreja com cultos organizados, programações sem fim durante a semana, cargos e funções como superintendente de Escola Dominical, organizações internas como uniões de moços, adolescentes, senhoras e homens, e métodos como células, encontros de casais e de jovens, e por ai vai. E também estou de acordo com a constatação de que a igreja institucional tem cometido muitos erros no decorrer de sua longa história.

Dito isto, pergunto se ainda assim está correto abandonarmos a igreja institucional e seguirmos um cristianismo em vôo solo. Pergunto ainda se os desigrejados não estão jogando fora o bebê junto com a água suja da banheira. Ao final, parece que a revolta deles não é somente contra a institucionalização da igreja, mas contra qualquer coisa que imponha limites ou restrições à sua maneira de pensar e de agir. Fico com a impressão que eles querem se livrar da igreja para poderem ser cristãos do jeito que entendem, acreditarem no que quiserem – sendo livres pensadores sem conclusões ou convicções definidas – fazerem o que quiserem, para poderem experimentar de tudo na vida sem receio de penalizações e correções. Esse tipo de atitude anti-instituição, antidisciplina, anti-regras, anti-autoridade, antilimites de todo tipo se encaixa perfeitamente na mentalidade secular e revolucionária de nosso tempo, que entra nas igrejas travestida de cristianismo.

É verdade que Jesus não deixou uma igreja institucionalizada aqui neste mundo. Todavia, ele disse algumas coisas sobre a igreja que levaram seus discípulos a se organizarem em comunidades ainda no período apostólico e muito antes de Constantino.

1) Jesus disse aos discípulos que sua igreja seria edificada sobre a declaração de Pedro, que ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.15-19). A igreja foi fundada sobre esta pedra, que é a verdade sobre a pessoa de Jesus (cf. 1Pd 2.4-8). O que se desviar desta verdade – a divindade e exclusividade da pessoa de Cristo – não é igreja cristã. Não admira que os apóstolos estivessem prontos a rejeitar os livre-pensadores de sua época, que queriam dar uma outra interpretação à pessoa e obra de Cristo diferente daquela que eles receberam do próprio Cristo. As igrejas foram instruídas pelos apóstolos a rejeitar os livre-pensadores como os gnósticos e judaizantes, e libertinos desobedientes, como os seguidores de Balaão e os nicolaítas (cf. 2Jo 10; Rm 16.17; 1Co 5.11; 2Ts 3.6; 3.14; Tt 3.10; Jd 4; Ap 2.14; 2.6,15). Fica praticamente impossível nos mantermos sobre a rocha, Cristo, e sobre a tradição dos apóstolos registrada nas Escrituras, sem sermos igreja, onde somos ensinados, corrigidos, admoestados, advertidos, confirmados, e onde os que se desviam da verdade apostólica são rejeitados.

2) A declaração de Jesus acima, que a sua igreja se ergue sobre a confissão acerca de sua Pessoa, nos mostra a ligação estreita, orgânica e indissolúvel entre ele e sua igreja. Em outro lugar, ele ilustrou esta relação com a figura da videira e seus galhos (João 15). Esta união foi muito bem compreendida pelos seus discípulos, que a compararam à relação entre a cabeça e o corpo (Ef 1.22-23), a relação marido e mulher (Ef 5.22-33) e entre o edifício e a pedra sobre o qual ele se assenta (1Pd 2.4-8). Os desigrejados querem Cristo, mas não querem sua igreja. Querem o noivo, mas rejeitam sua noiva. Mas, aquilo que Deus ajuntou, não o separe o homem. Não podemos ter um sem o outro.

3) Jesus instituiu também o que chamamos de processo disciplinar, quando ensinou aos seus discípulos de que maneira deveriam proceder no caso de um irmão que caiu em pecado (Mt 18.15-20). Após repetidas advertências em particular, o irmão faltoso, porém endurecido, deveria ser excluído da “igreja” – pois é, Jesus usou o termo – e não deveria mais ser tratado como parte dela (Mt 18.17). Os apóstolos entenderam isto muito bem, pois encontramos em suas cartas dezenas de advertências às igrejas que eles organizaram para que se afastassem e excluíssem os que não quisessem se arrepender dos seus pecados e que não andassem de acordo com a verdade apostólica. Um bom exemplo disto é a exclusão do “irmão” imoral da igreja de Corinto (1Co 5). Não entendo como isto pode ser feito numa fraternidade informal e livre que se reúne para bebericar café nas sextas à noite e discutir assuntos culturais, onde não existe a consciência de pertencemos a um corpo que se guia conforme as regras estabelecidas por Cristo.

4) Jesus determinou que seus seguidores fizessem discípulos em todo o mundo, e que os batizassem e ensinassem a eles tudo o que ele havia mandado (Mt 28.19-20). Os discípulos entenderam isto muito bem. Eles organizaram os convertidos em igrejas, os quais eram batizados e instruídos no ensino apostólico. Eles estabeleceram líderes espirituais sobre estas igrejas, que eram responsáveis por instruir os convertidos, advertir os faltosos e cuidar dos necessitados (At 6.1-6; At 14.23). Definiram claramente o perfil destes líderes e suas funções, que iam desde o governo espiritual das comunidades até a oração pelos enfermos (1Tm 31-13; Tt 1.5-9; Tg 5.14).

5) Não demorou também para que os cristãos apostólicos elaborassem as primeiras declarações ou confissões de fé que encontramos (cf. Rm 10.9; 1Jo 4.15; At 8.36-37; Fp 2.5-11; etc.), que serviam de base para a catequese e instrução dos novos convertidos, e para examinarem e rejeitarem os falsos mestres. Veja, por exemplo, João usando uma destas declarações para repelir livre-pensadores gnósticos das igrejas da Ásia (2Jo 7-10; 1Jo 4.1-3). Ainda no período apostólico já encontramos sinais de que as igrejas haviam se organizado e estruturado, tendo presbíteros, diáconos, mestres e guias, uma ordem de viúvas e ainda presbitérios (1Tm 3.1; 5.17,19; Tt 1.5; Fp 1.1; 1Tm 3.8,12; 1Tm 5.9; 1Tm 4.14). O exemplo mais antigo que temos desta organização é a reunião dos apóstolos e presbíteros em Jerusalém para tratar de um caso de doutrina – a inclusão dos gentios na igreja e as condições para que houvesse comunhão com os judeus convertidos (At 15.1-6). A decisão deste que ficou conhecido como o “concílio de Jerusalém” foi levada para ser obedecida nas demais igrejas (At 16.4), mostrando que havia desde cedo uma rede hierárquica entre as igrejas apostólicas, poucos anos depois de Pentecostes e muitos anos antes de Constantino.

6) Jesus também mandou que seus discípulos se reunissem regularmente para comer o pão e beber o vinho em memória dele (Lc 22.14-20). Os apóstolos seguiram a ordem, e reuniam-se regularmente para celebrar a Ceia (At 2.42; 20.7; 1Co 10.16). Todavia, dada à natureza da Ceia, cedo introduziram normas para a participação nela, como fica evidente no caso da igreja de Corinto (1Co 11.23-34). Não sei direito como os desigrejados celebram a Ceia, mas deve ser difícil fazer isto sem que estejamos na companhia de irmãos que partilham da mesma fé e que crêem a mesma coisa sobre o Senhor.

É curioso que a passagem predileta dos desigrejados – “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.20) – foi proferida por Jesus no contexto da igreja organizada. Estes dois ou três que ele menciona são os dois ou três que vão tentar ganhar o irmão faltoso e reconduzi-lo à comunhão da igreja (Mt 18.16). Ou seja, são os dois ou três que estão agindo para preservar a pureza da igreja como corpo, e não dois ou três que se separam dos demais e resolvem fazer sua própria igrejinha informal ou seguir carreira solo como cristãos.

O meu ponto é este: que muito antes do período pós-apostólico, da intrusão da filosofia grega na teologia da Igreja e do decreto de Constantino – os três marcos que segundo os desigrejados são responsáveis pela corrupção da igreja institucional – a igreja de Cristo já estava organizada, com seus ofícios, hierarquia, sistema disciplinar, funcionamento regular, credos e confissões. A ponto de Paulo se referir a ela como “coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3.15) e o autor de Hebreus repreender os que deixavam de se congregar com os demais cristãos (Hb 10.25). O livro de Atos faz diversas menções das “igrejas”, referindo-se a elas como corpos definidos e organizados nas cidades (cf. At 15.41; 16.5; veja também Rm 16.4,16; 1Co 7.17; 11.16; 14.33; 16.1; etc. – a relação é muito grande).

No final, fico com a impressão que os desigrejados, na verdade, não são contra a igreja organizada meramente porque desejam uma forma mais pura de Cristianismo, mais próxima da forma original – pois esta forma original já nasceu organizada e estruturada, nos Evangelhos e no restante do Novo Testamento. Acho que eles querem mesmo é liberdade para serem cristãos do jeito deles, acreditar no que quiserem e viver do jeito que acham correto, sem ter que prestar contas a ninguém. Pertencer a uma igreja organizada, especialmente àquelas que historicamente são confessionais e que têm autoridades constituídas, conselhos e concílios, significa submeter nossas idéias e nossa maneira de viver ao crivo do Evangelho, conforme entendido pelo Cristianismo histórico. Para muitos, isto é pedir demais.

Eu não tenho ilusões quanto ao estado atual da igreja. Ela é imperfeita e continuará assim enquanto eu for membro dela. A teologia Reformada não deixa dúvidas quanto ao estado de imperfeição, corrupção, falibilidade e miséria em que a igreja militante se encontra no presente, enquanto aguarda a vinda do Senhor Jesus, ocasião em que se tornará igreja triunfante. Ao mesmo tempo, ensina que não podemos ser cristãos sem ela. Que apesar de tudo, precisamos uns dos outros, precisamos da pregação da Palavra, da disciplina e dos sacramentos, da comunhão de irmãos e dos cultos regulares.

Cristianismo sem igreja é uma outra religião, a religião individualista dos livre-pensadores, eternamente em dúvida, incapazes de levar cativos seus pensamentos à obediência de Cristo.


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NOTA:

(*) Podemos mencionar entre eles: George Barna, Revolution (Revolução), 2005; William P. Young, The Shack: a novel (A Cabana: uma novela), 2007; Brian Sanders, Life After Church (Vida após a igreja), 2007; Jim Palmer, Divine Nobodies: shedding religion to find God (Joões-ninguém divinos: deixando a religião para encontrar a Deus), 2006; Martin Zener, How to Quit Church without Quitting God (Como deixar a Igreja sem deixar a Deus), 2002; Julia Duin, Quitting Church: why the faithful are fleeing and what to do about it (Deixando a Igreja: por que os fiéis estão saindo e o que fazer a respeito disto), 2008; Frank Viola, Pagan Christianity? Exploring the roots of our church practices (Cristianismo pagão? Explorando as raízes das nossas práticas na Igreja), 2007; Paulo Brabo, Bacia das Almas: Confissões de um ex-dependente de igreja (2009).






Extraído de http://www.origemedestino.org.br/blog/johannesjanzen/?post=195


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Como saber se cometi o pecado imperdoável?

Como saber se cometeu o pecado imperdoável de Mc.3.29, Lc.12.10?

"Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo" Marcos 3:29

Primeiro é preciso entender o que é "blasfemar". Blasfemar significa proferir palavras malignas ou impias, difamar, usar linguagem ultrajante.
Observe os textos de nossa referencia, vejam que os fariseus insistentemente acusavam Jesus de expulsar demônios por está associado a Satanás. Ou seja eles atribuíram aos demônios a obra do Espírito de forma a ridicularizar quem foi usado simplesmente por oposição e não por verdade. Deixe-me explicar melhor, pois este assunto é delicado. Veja o argumento de Jesus em resposta a este assunto em Mt.12.25-29 

"Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino?
E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam então vossos filhos? Portanto, eles mesmos serão os vossos juízes.
Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus.
Ou, como pode alguém entrar na casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa?". 

Veja também em Mc.3.23-27. Observe que a explicação que Jesus dá para o argumento infundável dos fariseus, foi que para isso o inferno teria que está dividido em conflitos internos.
O que Jesus deixa claro é que os fariseus reconheciam que a obra não era maligna, mas por perversidade em seus corações atribuíram ao diabo de forma refletida e intencional e não apenas por um equívoco.
Entendemos então que blasfemar contra o Espírito Santo é uma ação refletida, intencional e motivada pela perversidade.
Logo se é imperdoável é porque não foi cometida por um cristão genuíno. Pois aquele que de fato recebeu em si a obra do Espirito Santo tem seu coração movido a um profundo reconhecimento da maravilhosa graça. 

Imagine um diálogo:

-Como posso saber que não cometi o pecado imperdoável? 
-Quando isso te importa!Deixe te explicar! O pecado imperdoável tem como característica o endurecimento do coração, o não arrependimento dos pecados cometidos. Pois todos sabemos que a obra do Espírito Santo no coração daquele que o recebeu  é convencê-lo "do pecado, da justiça e do juízo." João 16.8
Logo se você sente pesar pelo pecado cometido, repito pesar e não remorso. Você tem em sim a obra do Espírito Santo que é perfeita e pode assim ter a plena certeza que não cometeu o pecado imperdoável.
Davi viveu a graça no tempo da lei, e a isso ele clama: 

"Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo." Salmos 51:11

Uma pessoa sem o Espírito Santo deve se ter duas explicações: Primeiro ou ela ainda não o conheceu (Espirito Santo) ou conheceu, rejeitou a sua obra e foi entregue ao seu próprio coração, ou seja ao endurecimento. 

"Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. 
E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. 
Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si;" 
Romanos 1:21-24

Paulo nos adverte sobre o perigo de extinção do Espírito. "
Não extingais o Espírito." 1 Tessalonicenses 5:19

Entendemos então que todo aquele que cometeu o pecado imperdoável de fato nunca nasceu de novo. 
"Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé." 1 João 5:4

Outro texto mais gritante ainda sobre este assunto é: "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca." 1 João 5:18

"Não peca" no original quer dizer: Não permanece pecando pois a semente de Deus (Espirito e a palavra) está nele. "Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus." 1 João 3:9

Caro leitor o que quero lhe garantir na palavra é: Se em teu coração tens constante arrependimento e não se conforma com este mundo e seu pecados, aleluias! O Espírito Santo está em você, a graça está levando a cabo o que Ele começou em sua vida.

"Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;" Filipenses 1:6

Arrependa-se do seus pecados, busque a Deus enquanto você ainda o pode achar:

"Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor,"

Atos 3:19

Deus em Cristo nos abençoe.

Pr. Neemias Fagundes

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Quando o cansaço é uma realidade.

“A quem me haveis de comparar, haverá alguém que se pareça comigo?”, diz o Santo! Levantai os olhos para o alto e observai: Quem criou tudo isso? Quem põe em marcha o exército das estrelas, uma a uma, chamando cada uma pelo nome? Por causa da grandeza do seu poder, pela firmeza da sua autoridade, não falta uma sequer. Por que isto dizes, Jacó, Israel, por que reclamas: “O SENHOR ignora meu destino, Deus não vê o meu direito!”? Acaso não sabes? Ainda não ouviste falar? O SENHOR é o Deus eterno! Foi ele quem criou toda a extensão do mundo. Ele não corre nem se cansa, nem é possível pesquisar sua inteligência. É ele que dá ânimo ao cansado, recupera as forças do enfraquecido. Até os jovens se afadigam e cansam e mesmo os guerreiros às vezes tropeçam! mas os que esperam no SENHOR, renovam suas forças, criam asas como águia, correm e não se afadigam, andam, andam e nunca se cansam." Isaías 40.25-31


Quando olhamos apenas para os lados,  começamos a limitar a visão de nossa existência. Resumimos a vida a partir do que vemos ou aceitamos. Não somos capazes de aceitar nada que esteja longe do alcance do olhar. Aceitamos os acontecimentos ou as bençãos como resultado de nossas próprias possibilidades e o que passar daí consideramos como nulo, inexistente um sonho a ser esquecido.
O sobrenatural não se cogita jamais, seria de motivo de escárnio, loucura, algo para pessoas fracas e pequenas que não são capazes de lutar, crescer e conquistar com o seu braço o que o trabalho pode lhe proporcionar.
Não estou desprezando ou invalidando a importância do trabalho. Estou tentando conduzir o caro leitor ou leitora, a uma profunda reflexão com respeito a incapacidade de crer no que os olhos não podem ver. Neste mundo tão tecnológico e competitivo, somos treinados a ser materialistas, conquistadores, frios, descartáveis e a perder a sensibilidade das coisas que se relacionam a Deus.  
Nos tempos antigos os homens comparavam a criação como obra dos deuses babilônicos. O deslumbre para com o Deus criador se perdeu, pelas mentiras divulgadas nos corações dos povos. 

Deus então faz a célebre pergunta: “A quem me haveis de comparar, haverá alguém que se pareça comigo?”.

Ao povo que estava acostumado apenas a olhar para os lados, com uma visão limitada de realização Deus lhes convida a levantar os olhos para o alto e contemplar o infinito.
Precisamos nestes dias de fé não deturpada pelas mentiras do inferno, levantar os nossos olhos e resgatar o deslumbre perdido para com a grandeza do nosso Deus. "Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. " Sl.19.1
Precisamos de uma teologia sistemática sobre Deus nas igrejas, há pouco assombro, há pouca glória nos lábios do seu povo, há uma postura indiferente tomando conta dos nossos dias.

"Quem criou tudo isso? Quem põe em marcha o exército das estrelas, uma a uma, chamando cada uma pelo nome? Por causa da grandeza do seu poder, pela firmeza da sua autoridade, não falta uma sequer."

Como alguém pode pensar que o mundo, a vida ou qualquer outra coisa estão entregue ao acaso? Pode haver descaso de nossa parte, porém jamais acaso. As estrelas estão dispostas no lugar que Deus as determinou até hoje. Como um grande exército estão em posição diante do Senhor dos Exércitos. Ele o Deus Soberanos deu nome a cada uma dela e a todas chama pelo nome. Um dia Ele convidou  Abraão para contar as estrelas, Abraão tentou, mas a seguir confessou ser impossível pois algumas estavam longe do seu alcance. Gn.15.5.

Como alguém não ficaria deslumbrado com este Grande Deus? O próprio Jesus deu um testemunho maravilhoso sobre o nosso Pai. "Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? e nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos." Mateus 10:29-31

Se ele sabe o nome de cada estrela nos céus, você acha que o seu nome passaria despercebido por Ele? Não sei sua idade, mas desafio a você (que tem cabelo é logico rsrsr), com tantos anos de vida a me dizer: Quantos fios de cabelo você tem na cabeça? ou quanto pelo menos caíram no dia de hoje? Com certeza você não saberia me dizer, mas vou lhe dizer algo: Deus sabe!

"Por que isto dizes, Jacó, Israel, por que reclamas: “O SENHOR ignora meu destino, Deus não vê o meu direito!”? 

Como pode alguém em sã consciência dizer algo assim a respeito de Deus. Eu te explico! Visão curta e para baixo. Se Deus cuida de coisas de menos importância comparado ao homem como pássaros, folhas, lírios do campo, não poderia Ele cuidar da obra prima de sua criação que é você caro leitor?

"Acaso não sabes? Ainda não ouviste falar? O SENHOR é o Deus eterno! Foi ele quem criou toda a extensão do mundo. Ele não corre nem se cansa, nem é possível pesquisar sua inteligência. É ele que dá ânimo ao cansado, recupera as forças do enfraquecido. Até os jovens se afadigam e cansam e mesmo os guerreiros às vezes tropeçam! mas os que esperam no SENHOR, renovam suas forças, criam asas como águia, correm e não se afadigam, andam, andam e nunca se cansam." 

Não olhe para baixo, levante a cabeça. Se anime, tua fraqueza deve te levar a para perto de Deus e nunca para longe dEle.

Deus em Cristo te abençoe e te fortaleça.

Pr. Neemias Fagundes




terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Que geração é essa?


Quando olho para a geração de crente deste século e comparo com os cristãos do primeiro século, me sinto envergonhado em fazer parte de uma geração tão fraca e tão débil de crentes. 
Uma geração que não suporta um coliseu, uma cruz, uma fogueira, uma cova. Uma geração que bate no peito dizendo: "somos a geração do avivamento", mas vivem como mortos em pecados. Uma geração que não aceita disciplina, uma geração que não enfrentaria um desaforo sem arregaçar a manga e parti para o braço. Uma geração que não anda segundo a palavra, mas segundo seus corações. Uma geração que fala de santidade, mas não passa nem perto disso. Uma geração de desobedientes, insolentes, maldizentes, frios, carnais, mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus.

Uma geração que segundo Paulo escreveu 2Tm.3.5 "Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te." se diz crente, mas negam a eficácia da fé.
Uma geração que não suportam um puxão de orelha, uma disciplina, um afastamento de funções, privações, desempregos, doenças, calúnias e etc. Uma geração que não suporta que fale do tamanho da saia, do decote das irmãs, das fotos que se postam nos sites de relacionamentos, nas picuinhas dentro das igrejas, pois isso as afastaria da fé.
Que Deus tem misericórdia de nós, pois nunca na história da igreja, pisou neste solo uma geração tão fraca de crente como essa!
Para os que interpretam errado a epístola aos Hebreus 12.1 quando se refere a grande nuvens de testemunhas, deixo aqui um esclarecimento. O texto não se refere as testemunhas que nos assistem no mundo de hoje, mas as grandes nuvens de testemunhas que suportaram a hostilidade do seu tempo sem negar a fé. Elas nos dizem que podemos suportar também em Cristo desde de que deixemos tudo que nos embaraça (a infantilidade da fé) com este mundo e ou sistema.
"Portanto, também nós, considerando que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, desembaracemo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos está proposta," Hb.12.1
Deus em Cristo nos desperte!

Pr.Neemias Fagundes

Veja este vídeo se tiver coragem: https://www.youtube.com/watch?v=mHisWcgJdd0

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Viva com Sabedoria.

"Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.

Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?

Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.

Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.

O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.

Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.

Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.

O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.

Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.

Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois." Eclesiastes 1:2-11



Viva a vida com sabedoria, não desperdice-a com ódio e mentiras, pois um dia nossa geração vai passar e todos se esquecerão de quem fomos. A vida vai continuar independente que estejamos lá ou não. O sol vai continuar nascendo e se pondo mesmo que você não esteja mais lá como expectador. A chuva continuará caindo, as plantas continuarão a nascer, as estrelas continuarão brilhando para a próxima geração, a lua continuará inspirando serenata para os próximos casais.

O que devemos fazer? Não desperdiçar nossa geração com guerras, vaidades, mentiras, futilidades e mais futilidades. Pois a vida é como um vapor, logo se vai.


"Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece." Tiago 4:14

A vida é tão breve que o salmista à compara como um conto de pequenos livros.

"Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; passamos os nossos anos como um conto que se conta." Salmos 90:9

Ame as pessoas, elogie, reconheça, admire, incentive, fique feliz, viva a família, ame a esposa, beije seus filhos, diga a sua mãe ou seu pai que os ama.

Quando alguém prega melhor glorifique a Deus, cantou melhor agradeça a Deus, foi promovido(a) honre a Deus.


Que ao encerrar a carreira da vida você possa ter o sentimento que Paulo teve de dever cumprido.



"Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé." 2 Timóteo 4:7

Deus em Cristo te abençoe"

Pr. Neemias Fagundes

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O Bode Expiatório.

Quem já não se sentiu ser usado como um bode expiatório?

O que é Bode expiatório:

(Bode expiatório é uma expressão usada para definir uma pessoa sobre a qual recaem as culpas alheias. Bode expiatório é uma expressão popular que define o indivíduo que não consegue provar sua inocência, mesmo sem ser o responsável direto pela acusação. A expressão "bode expiatório" é usada quando alguém leva sozinho a culpa de um infortúnio.)


De onde surgiu esta expressão?

Da bíblia: O bode expiatório é um animal que era apartado do rebanho e deixado só na natureza selvagem como parte das cerimônias hebraicas do Yom Kippur, o Dia da Expiação, na época do Templo de Jerusalém. Este rito é descrito na Bíblia no livro do Levítico. 16.22

Se temos queixas na vida na verdade ela é fruto de nossos pecados. Lm.3.39

As vezes erramos a vida toda e quando nos deparamos com situações mal resolvidas apelamos para o bode expiatório (ou seja tentar achar alguém que fique como culpado de nosso problema mal resolvido que se arrasta a anos.)
Quem nunca se sentiu assim?

Na vida o bode expiatório pode ser mal compreendido porém não mal intencionando.

Sendo assim na vida sou responsável pelo que faço e falo e não pelo que os outros entendem ou querem.

Na vida criamos muitos bodes expiatórios. É mais fácil culparmos aos outros pelos nossos erros do que admitirmos nossas culpas. É mais fácil culparmos o prefeito, governador, presidente, polícia, pastor, líder do que admitir a sequencia de erros que cometemos ao longo dos anos e que nos arrastou até ali.
É mais fácil culpar o prefeito hoje do que reconhecer que tudo na verdade foi fruto de um efeito dominó. É mais fácil culparmos quem discorda de nossas opiniões do que avaliarmos nossas atitudes.

É mais fácil o bode levar minha culpa do que eu mesmo ter que assumi-la e carregá-la.



Pr. Neemias fagundes

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

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Na verdade Deus estava ensinando a ele que a benção jamais será maior que o abençoador.

Pr. Neemias Fagundes

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