quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A Paz que não Quebra

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” João 14:27

Chega a nós a notícia da morte de um famoso ator de cinema chamado Robin Williams. Segundo notícias veiculadas na internet o mesmo cometeu suicídio após passar por forte período de depressão. O ator foi encontrado inconsciente na manhã desta segunda-feira em sua casa em Tiburon, na Califórnia

Com 63 anos de idade Robin foi um grande ícone do cinema internacional, com um currículo invejável na interpretação de seus personagens, venceu o Oscar de melhor ator coadjuvante, protagonizou outros tantos sucessos.

Ele batalhava contra a depressão e contra seu vicio assumido em álcool e cocaína.

Williams mantinha sempre seu Instagram atualizado, com fotos comemorativas de alguns momentos em família e bichos de estimação.

Recentemente em culto de ação em graça que dirigíamos, a irmã que oferecia este culto compartilhou seu testemunho antes de conhecer a Cristo.

Disse ela: “Eu era depressiva, sem paz para viver, trabalhava durante a semana e quando chegava na sexta feira tomava bastante remédio para me sedar e só acordava na segunda para voltar ao trabalho. Até que tive de fato um encontro com Cristo e minha foi vivendo uma maravilhosa transformação e hoje sou uma pessoa feliz”

A minha intenção de compartilhar estes dois exemplos têm como objetivo trazer a memória de todos, que neste exato momento existem no mundo milhares de pessoas em profunda depressão. Sim! De fato este se tornou o mal do século 21. 

O vazio de existência tem sido a maior razão de tudo que permeia este mal. O ser humano tem sido mais “ser” do que “humano”. Vivendo sempre anulando sua real razão de ser. Existindo sem propósito como uma vida ao acaso. 

Tudo que faz é interpretar um personagem que de fato não é, sempre buscando uma realização dentro de si, na busca de preencher um vazio que não lhe é suficiente em recursos naturais.

Todos fomos criados a imagem e semelhança de Deus, porém com o advento do pecado perdemos sua semelhança. “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Romanos 3:23

O homem foi separado de Deus. “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.” Isaías 59:2

Em razão do pecado perdemos a paz com Deus e nos tornamos inimigos declarados dEle. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.” Romanos 8:7

Sim talvez você venha me dizer que não tem Deus como inimigo, que você o respeita e o ama, mas lamento em te dizer. Todos os que não estiverem debaixo da justiça de Cristo, são inimigos de Deus, pois o pecado é oposição a Deus. O apóstolo Paulo diz que são filhos da ira de Deus: “Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.” Efésios 2:3

Esta é a falta que existe em cada homem que se recusa a abandonar o pecado, uma posição terrível. “SER INIMIGO DE DEUS” 

“Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tiago 4:4

Quando Jesus disse “deixo-vos a paz...não vo-la dou como o mundo a dá” Jo.14.27. Ele fazia referencia a paz com Deus, paz na consciência do pecado, paz contra o juízo eterno, paz contra o inferno terrível. Jesus não reduziu a paz ao simples aspecto do viver neste mundo. Pois isto seria pouco demais perto do que a eternidade nos oferece. 

A paz que o mundo dá (drogas, sexo, remédios enfim pecados) ela quebra em poucos dias ou hora. Pois a consciência contra Deus continua lhe dizendo “você está perdido se continuar vivendo para si mesmo.”

A paz que Jesus dá não lhe trará ausência de lutas , problemas, enfermidades, crises financeiras e outros. A paz que cristo dá lhe fará alguém maior que enfermidade, lutas, problemas, crises financeiras e etc. A paz (reconciliação) com Deus é tudo que o homem precisa. 

“Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” .Romanos 5:10

Tendo paz com Deus o homem descobrirá que a vida só é vida vivida com Cristo. Ninguém que de fato encontrou-se com Cristo sua vida permanecerá a mesma. Jesus disse a mulher Samaritana: “Aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede.” Jo.4.13-14

Querido leitor ou leitora, sua vida só poderá ser de fato vivida com excelência quando Cristo foi a razão pelo qual você vive. “Quer comais, quer bebais, que façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus’ 1 co.10.31

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” Gálatas 2:20

Queres a paz que não quebra? Queres a paz que o mundo não tem? Negue a você mesmo e suas desculpas e viva para Cristo. Pois só Ele é o caminho a verdade e a vida.



Deus te abençoe em nome de Jesus.



Pr. Neemias Fagundes

segunda-feira, 28 de julho de 2014

DESERTO LUGAR DE PASSAGEM.

"Te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não.
E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem." Deuteronômio 8:2-3

Ontem a mensagem foi ministrada em Deuteronômio 8 abordamos sobre a necessidade do deserto na vida do povo de Deus. Deixando a nossa reflexão quantos resíduos são expelidos de dentro de nós quando somos afligidos por Deus. Tal como Jó que vomitou coisas a respeito de Deus e depois de ser afligido admitiu falar coisas que não sabia. 

"Respondeu mais o SENHOR a Jó, dizendo:

Porventura o contender contra o Todo-Poderoso é sabedoria? Quem argüi assim a Deus, responda por isso.

Então Jó respondeu ao Senhor, dizendo:

Eis que sou vil; que te responderia eu? A minha mão ponho à boca.

Uma vez tenho falado, e não replicarei; ou ainda duas vezes, porém não prosseguirei." Jó 40:1-5

Jó pensou ser mais justo do que Deus a ponto de questionar até mesmo sua falta como homem que ele era, mas ao ser confrontado diretamente por Deus, Jó enxerga sua real situação e se arrepende de tudo que vomitou legislando em causa própria. 

"Então respondeu Jó ao SENHOR, dizendo:

Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido. Quem é este, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso relatei o que não entendia; coisas que para mim eram inescrutáveis, e que eu não entendia.

Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás.

Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos. Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza." Jó 42:1-6

Somente depois de ser afligido Jó conheceu a Deus como Ele quer ser conhecido por nós. Da mesma maneira agiu com o seu povo no deserto e será assim com aqueles que Ele tirou do Egito (mundo) e está conduzindo para Canaã (céu)

Israel levou 40 anos para atravessar um deserto que poderia ser percorrido em apenas 4 semanas. Por que? Por causa da murmuração. Toda a geração que saiu do Egito de 20 anos para cima seria exterminada no deserto por causa da língua.
O deserto poderia ser rápido mas a inflamada deste povo prolongou sua trajetória.

Pense nisso! este deserto já poderia te acabado à tempo. Deserto de falta de amigo, saúde, paz, santidade, amor e etc.

Deus te desperte a ver o mais rápido possível a saída deste deserto que estas atravessando.

Deus em Cristo te abençoe!

Pr. Neemias Fagundes

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Eu me deitei e dormi; acordei, porque o Senhor me sustentou. Salmos 3:5

Bom dia! Você acordou hoje e já agradeceu a Deus por isso?


Creio que você já deve está acostumado a acordar todos os dias e nem se dá conta de como a vida é frágil. O Salmista a compara como uma erva ou relva, uma planta sensível e que perece como o vapor. “Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce. “Salmos 103:15. Em outros textos a vida é comparada como um suspiro “Pois todos os nossos dias se passam na tua ira; Gastamos os nossos anos como um suspiro.” Salmos 90:9

De certo temos demonstrado pouca sabedoria em nosso viver, vivemos como se não houvesse amanhã, arriscamos como se não houvesse eternidade. A arrogância tem sido um sentimento nocivo nestes dias. Criticamos, competimos de forma desleal, guardamos rancor. Como já dissemos uma vez: “homens promovendo homens e todos pensando ser de fato aquilo que lhes fizeram”

A vida é frágil, ninguém pode presumir está de pé hoje porque cuidou de tomar seus remédios ou exercitou-se da forma correta. Analisando Lm. 3.22 “as misericórdias do Senhor sãos as causas de não sermos consumidos, novas são a cada manhã”

Estive lendo uma estatística recente que gostaria de compartilhar com vocês e lembrei-me do Salmo 91 “Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.
Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel. Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia,.
Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia.
Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti. “
Salmos 91:3-7

Observe que setas voam de dia, mortandade assola ao meio dia, mil e dez mil caem regularmente para o abismo profundo. Não estou dizendo que não morreremos, mas estou assegurando que mesmo na morte não iremos perecer (perdição eterna).

Leia a estatística: Estima-se que cerca de 6178 pessoas morrem no mundo por hora. Isso significa que diariamente, 148272 seres humanos falecem. Ao termino de um ano, consequentemente as mortes ultrapassam 54 milhões de pessoas.

É importante vivermos cada dia de maneira sábia “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.” Salmos 90:12

Dinheiro, reputação, poder nada disso segura o homem nesta vida, muitos chamados “poderosos” entre os homens passaram para a eternidade e não foram capazes de vencer a temível morte. Deus é quem detém a vida e a morte. “Até aos poderosos arrasta com a sua força; se ele se levanta, não há vida segura.Jó 24:22

Cabe ao homem temer a Deus pois este é o dever de todos. “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem.
Eclesiastes 12:13


Se assim fizeres “Vida longa de dias está na sua mão direita; e na esquerda, riquezas e honra.” Provérbios 3:16

Em Cristo

Pr. Neemias Fagundes

quarta-feira, 18 de junho de 2014

O ATO DE PROFETIZAR E DETERMINAR: UMA ANÁLISE HISTÓRICA, TEOLÓGICA E APOLOGÉTICA por Leonardo Dâmaso

Encontrei este texto e resolvi compartilhar com os devidos créditos a Leonardo Dâmaso. Neemias Fagundes

3. Análise apologética

Profetizar, conforme vimos na análise teológica, não significa fazer predições. Não é adivinhar fatos que estão ocorrendo no presente e nem pressupor o que ocorrerá no futuro na vida das pessoas. Não é somente transmitir inspiradamente de modo verbal ou pela escrita a revelação direta de Deus como fizeram os profetas no Antigo Testamento e os apóstolos no Novo Testamento. Apesar da profecia no Antigo e no Novo Testamento envolver predições, haja vista que o cânon sagrado estava sendo composto, todavia, profetizar é, sobretudo, interpretar e expor com fidelidade a Palavra de Deus. Assim, o profeta é tanto aquele que recebeu a revelação divina, como os profetas do Antigo Testamento e os apóstolos quanto o que comunica a revelação divina, como os profetas do tempo presente.

Heber Carlos de Campos ratifica que os profetas das igrejas locais já possuíam a Palavra de Deus autorizada que lhes vinha por meio dos escritos do Antigo Testamento e da mensagem apostólica que ainda estava sendo oralmente transmitida, e, pouco a pouco, sendo registrada. A função dos profetas das igrejas locais do Novo Testamento era a de interpretar corretamente o que Deus já havia anteriormente revelado.16

Não obstante, determinar, que está relacionado com profetizar, significa “ordenar” alguma coisa; “decretar” que algo aconteça. O bispo e líder da IURD, Edir Macedo, afirmou durante seu sermão baseado em Ezequiel 37, no evento “Dia da Profecia da Bênção”, no mês de maio, que a profecia não é uma mera previsão do futuro, mas sim, um ato de ordenar com palavras que fatos aconteçam. Macedo disse: “A profecia nada tem a ver com adivinhação do futuro. Nada disso! Esquece isso de que profecia é uma adivinhação do que vai acontecer amanhã. Profecia significa falar, pronunciar, promulgar, determinar”.

Dias antes da realização do evento, Macedo destacou em um programa de rádio: “Profetizar é diferente de orar”. “Uma coisa é orar, falar com Deus, rogar, pedir, suplicar. Mas nesse dia [no Dia da Profecia da Benção] nós estaremos especificamente profetizando. Quer dizer, determinando aquilo que Deus quer que seja realizado”.17 Desse modo, como adepto da confissão positiva ou movimento da palavra de fé, Macedo ensina que a palavra dos crentes tem poder para movimentar o mundo espiritual, e que isso resulta em uma cadeia de eventos no mundo físico, ou seja, em bênçãos e outras conquistas.

O ato de profetizar e determinar são simplesmente a manifestação verbal da confissão positiva, a qual distorce perfidamente o real sentido de profetizar e da petição que as Escrituras demonstram, o que veremos mais adiante. Por ser uma criação de Deus, o homem não possui autoridade para determinar ou decretar que coisas aconteçam no mundo espiritual e físico. É somente Deus, o criador e soberano que têm esta prerrogativa para determinar ou decretar eventos sobre o mundo espiritual e físico. A realização dos decretos de Deus na história é chamada na teologia de providência.

Kenneth Hagin, o maior divulgador da teologia da prosperidade e da confissão positiva ensinava que o crente, através da sua posição em Cristo Jesus possui autoridade sobre a esfera física e espiritual. Pela fé o crente pode determinar verbalmente o milagre, a cura, a “porta aberta”, anular a atuação dos demônios em sua vida e na vida dos outros (2Cor 4.13). Para ele, não há “impossível” para Deus (Mc 11.22-24; Lc 1.37). Deus “tem promessa para responder a oração da fé e o exercício da fé,”18 que implica não no pedido da benção em oração como Jesus e os demais autores do Novo Testamento ensinaram, mas no ato de determiná-la e a crença de “tomar posse” dela antes mesmo de recebê-la na esfera física.

Contudo, não existe em todo o Novo Testamento – nos Evangelhos e no livro de Atos um relato sequer de alguém profetizando ou determinando bênçãos para si mesmo ou para outras pessoas. Nos Evangelhos, os doentes não profetizaram ou determinaram a sua própria cura. Antes, Jesus, em sua primeira vinda, como Deus que é, curou-os por decisão soberana sem a necessidade da fé (veja Mt 12.9; 15; 14.14; 15.29-31; 22.51; Mc 1.34; Lc 7.21), e, em outros casos, exigiu a fé dos doentes para serem curados (veja Mt 9.19-22; Mc 6.5; Mc 10.46-52; Lc 8.43-48; Lc 17.11-19), onde os mesmos o pediram ou rogaram que ele os curasse (Mt 8.1-3; Mt 17.14-20; Mc 5.21-24, 35-42; Lc 7.1-10; 9.37-43). Este mesmo princípio de cura pela soberania de Deus sem a necessidade da fé do doente é visto também no livro de Atos, no período apostólico (veja At 3.1-8; 9.32-42; 20.7-10).

Todavia, Jesus, além de ser completamente homem e completamente Deus não ousou profetizar ou determinar bênçãos para si mesmo e para outras pessoas. Jesus veio não para fazer a sua própria vontade, mas para fazer a vontade de Deus Pai (Jo 6.38; Jo 4.34). Ele também não profetizou ou determinou como fazem os muitos adeptos da confissão positiva ou movimento da palavra de fé que não aceitaria passar pelo sofrimento, no caso de Jesus, o sofrimento de ser punido por Deus Pai e receber a manifestação de sua justiça pelos pecados dos pecadores eleitos, uma vez que foi o substituto deles. Jesus sofreu a ira de Deus em nosso lugar! Ele entendia que tudo o que haveria de passar fazia parte da execução do plano de Deus Pai, que seria a redenção dos pecadores eleitos (Mc 14.36).

Via de regra, Paulo também não profetizou ou determinou a sua cura, isto é, que o espinho em sua carne, que, em minha opinião, acredito ter sido algum tipo de doença fosse removido. Pelo contrário, ele orou e entendeu que não era a vontade de Deus curar-lhe, pois aquela doença tinha como propósito torná-lo humilde, o que glorificaria a Deus (para mais detalhes, veja 2Co 12.2-10). Paulo também não profetizou e determinou que Timóteo fosse curado da doença que possuía no estômago, mas o aconselhou a manter o hábito de tomar um pouco de vinho (1Tm 5.23).

No mundo antigo, a água com frequência estava contaminada e transmitia muitas doenças. Por essa razão, Paulo recomendou a Timóteo que não se arriscasse a contrair alguma doença, nem mesmo por causa de um compromisso assumido de se abster do vinho. Ao que parece, Timóteo evitava o vinho para não comprometer o seu testemunho. Paulo queria que Timóteo usasse o vinho que, por causa da fermentação, agia como um desinfetante para proteger a saúde dos efeitos prejudiciais da água impura.19 O vinho era considerado por muitos médicos como um excelente remédio, indicado especialmente para pessoas com problemas de indigestão. Desse modo, os adeptos do ato de profetizar e determinar parecem não entender que o sofrimento, por muitas vezes, é pedagógico. Deus constantemente utiliza-o para disciplinar, ensinar e aperfeiçoar o crente (Hb 12.4-11).

Augustus Nicodemus Lopes corrobora:

Não há qualquer exemplo no Novo Testamento de um crente dizendo: “Eu determino que isso aconteça desta maneira em nome de Jesus”. Até onde sei, não há nenhum exemplo ou ordem para que os crentes enfrentem as dificuldades e oposições desta vida determinando vitória, sucesso, libertação, meramente pronunciando palavras de maneira fervorosa. O conceito de que Deus deu aos crentes autoridade para determinar acontecimentos em termos espirituais, cósmicos e mesmo terrenos é estranho ao ensino das Escrituras.20

No Novo Testamento – nos Evangelhos e nas demais cartas, Jesus e os autores sacros não ensinam sobre o ato de profetizar e determinar bênçãos ou eventos como namoro, casamento, emprego ou salário melhor, casa própria, um carro, a libertação do filho viciado em drogas, a conversão do marido ou da esposa para si e para os outros. Porém, vemos ensinamentos a despeito do ato de pedir em oração as bênçãos desejadas e que os eventos supramencionados aconteçam, uma vez, é claro, que seja da vontade de Deus (veja Mt 7.7-8; 26.53; Cl 1.9-14; Tg 4.13-15; 5.13-18; 1Jo 5.14-15). Portanto, é deveras importante apresentarmos alguns (dentre tantos) textos da Escritura que os defensores da confissão positiva ou movimento da palavra de fé utilizam para apoiar tal prática e, em seguida, interpretarmos de modo fiel cada um deles. Senão vejamos:

Provérbios 18.21 – A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto. (ARA)

Segundo os adeptos do ato de profetizar e determinar, este texto faz alusão ao poder que existe na palavra, ou seja, na declaração verbal. Se alguém profere palavras negativas para si mesmo e para os outros, ambos irão obter efeitos negativos na vida. Da mesma forma, se alguém profere palavras positivas para si mesmo e para os outros, ambos irão obter efeitos positivos na vida. Contudo, esta não é a interpretação adequada. Este segundo provérbio do bloco maior (18.12-21) que, além de fazer par com o primeiro (18.20), o complementa. Os dois provérbios ressaltam a cautela no falar e os efeitos saudáveis e prejudiciais de cada palavra proferida. “O discurso benéfico produz resultados que favorecem quem fala; o discurso nocivo produz resultados que prejudicam quem fala”.21

Nessa mesma linha de pensamento, Antônio Pereira da Costa Junior escreve:

Este versículo explica que devemos ter o cuidado de que nossas palavras não venham a nos trazer situações embaraçosas. Temos que saber como dizer as coisas, pois certamente colheremos situações que são causadas por nós mesmos. No entanto, este versículo não dá margem para dizer que são as palavras em si que nos dá o controle das circunstâncias da nossa vida. São situações específicas e não o destino do ser humano que é traçado pela verbalização dos nossos desejos interiores.22

Marcus 11.23-24 – Em verdade vos digo que se alguém disser a este monte: Erga-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim lhe será feito. Por isso vos digo que tudo o que pedirdes em oração, crede que já o recebestes, e o tereis. (Almeida Século 21)

Por ter interpretado de maneira equivocada este ensinamento de Jesus, Kenneth Hagin acabou influenciando os muitos adeptos da confissão positiva ou movimento da palavra de fé a incorrerem na mesma interpretação. A expressãose alguém disser a este monte: Erga-te e lança-te no mar é uma metáfora bem comum na época de Jesus, e significa “aquele que levanta montanhas”. Esta descrição “era usada na literatura judaica a respeito dos grandes rabinos e líderes espirituais que podiam resolver problemas difíceis e aparentemente fazer o impossível”.23 O monte que Jesus se refere aqui é o Monte das Oliveiras, e o mar é o Mar Morto.

Jesus, em seu ministério terreno, e nem os apóstolos ergueram e lançaram literalmente um monte no mar. A lição que ele queria ensinar aqui é de cunho espiritual e não literal – o que é evidente. Jesus alega que nada é impossível para Deus; assim, o que o crente pedir em oração, não profetizar ou determinar, e crer que aquilo que foi pedido estiver em consonância com a vontade de Deus certamente receberá (veja Mc 14.36b; Mt 6.10b; Mt 26.39). Hendriksen diz que a figura dramática, diante do seu contexto, que fala de fé e oração, deve significar, portanto, que nada que esteja em harmonia com a vontade de Deus é impossível de ser realizado por aqueles que creem e não duvidam (Mt 17.20; 21.21; Lc 17.6).24

2 Coríntios 4.13 – Todavia, uma vez que temos o mesmo espírito de fé, conforme está escrito: Cri, por isso falei; também nós cremos, por isso também falamos. (Almeida Século 21)

Segundo a interpretação dos defensores da confissão positiva ou movimento da palavra de fé, Paulo, aqui, ensina como o crente deve fazer para “tomar posse da benção”. O primeiro passo é crer que “já” recebeu a benção e, em seguida, manifestar a fé determinando verbalmente a mesma. Porém, o apóstolo não tinha a intenção de ensinar esta suposta “doutrina da fé triunfalista e antropocêntrica”, a qual coloca o homem no “trono”, na posição de “soberano”, e Deus na condição de servo do homem obrigado a proporcionar pela fé do mesmo todas as bênçãos. Simon Kistemaker explica:

Paulo declara que nós temos um bem duradouro: a fé. Mas qual é a mensagem que ele transmite com a expressão o mesmo espírito de fé? Paulo não dissera nada sobre fé nos capítulos anteriores. Ele não está olhando para trás, mas para frente, e tem em mente um texto de um dos salmos (Sl 116.10, LXX: Sl 115.1), em que o salmista observa que, por causa da fé, ele falou. O santo do Antigo Testamento tem mais a dizer do que aquilo que Paulo cita aqui. O texto da Septuaginta, que Paulo segue, diz: “Eu cri, por isso falei ‘estou extremamente afligido’”. O salmista reconheceu sua dependência completa de Deus para livrá-lo da morte. Canta louvores de gratidão por ter sido livrado e estar andando na terra dos viventes. Enfrentando a morte, ele deu voz a uma oração por livramento e Deus, em resposta à fé do salmista, respondeu de modo favorável.

Por que Paulo toma essa passagem da Escritura e a aplica a seu discurso? Os rabis judeus nunca destacavam esse texto. A razão para a citação é que Paulo se identifica completamente com o salmista. Ele medita nas ideias sobre a vida e a morte expressas nesse salmo. Tanto ele como o salmista tem o mesmo espírito de fé em Deus. Muito embora Paulo seja repetidamente entregue à morte, sua fé em Deus é forte e lhe permite comunicar o evangelho de Cristo (1Ts 2.2). Ele pode dizer com o salmista: “Cri, por isso falei”, porque as aflições de Paulo são semelhantes. A prédica de Paulo abrangia a vida, a morte e a ressurreição de Jesus, como o contexto geral indica.

Assim, Paulo escreve, “nós também cremos e, portanto, falamos”. Em outro lugar ele vai fundo com a observação de que cremos com nosso coração e confessamos com nossa boca que “Jesus é o Senhor” que Deus ressuscitou dos mortos (Rm 10.9, 10). Nossa fé interior se expressa mediante nosso testemunho exterior. Quando confessamos o evangelho de Cristo obedientemente (9.13), damos evidência de nossa fé e testificamos que pertencemos à família de Deus.

No Novo Testamento grego, os versículos 13 e 14 formam um só texto. Isso significa que o ato de crer e falar se baseia no conhecimento tanto da ressurreição de Jesus como de nossa ressurreição futura.25

Tiago 3.10 – Da mesma boca procedem benção e maldição... (Almeida Século 21)

O apóstolo não está dizendo que as palavras que saem da nossa boca têm um poder mágico imantado de abençoar e amaldiçoar as pessoas as quais nos dirigimos. A preocupação de Tiago com seus leitores era a despeito do controle da língua. Com ela bendizemos a Deus e maldizemos as pessoas. Quando um crente fala mal do seu próximo, que foi feito a imagem e semelhança de Deus, isso equivale a falar mal do próprio Deus (3.9). “Havia, de fato, nas igrejas de seus leitores pessoas que causavam problemas com suas palavras – e eram provavelmente os mestres os quais Tiago se dirigiu no início desse capítulo e na parte final (3.13-18). O apóstolo Paulo exorta os crentes a serem coerentes no uso da língua: devem parar de falar palavras torpes, e dizer apenas o que edifica (Ef 4.29; cf Rm 12.14; 1Pe 3.9)”.26 Isso, portanto, não deve ocorrer entre os crentes, exorta também Tiago. Douglas Moo observa que os cristãos que foram transformados pelo Espírito de Deus devem manifestar integridade e pureza de coração através de palavras puras e coerentes.27

Por outro lado, a palavra amaldiçoar também aparece no Antigo Testamento, em Genesis 9.25, Números 22.4-6, 1 Samuel 17.43, 2 Reis 2.23-24, Juízes 9.27, 2 Samuel 16.5 e Eclesiastes 7.22. Amaldiçoar, no contexto de cada passagem supramencionada, indica apenas um desejo proferido que poderes sobrenaturais causem algum tipo de mal a alguém, mas não que este desejo tenha algum poder de ser transmitido ou que “pegue”, conforme declaram os evangélicos místicos.

Conclusão

A confissão positiva ou movimento da palavra de fé, conforme foi apresentado na análise histórica, é um dos pilares da teologia da prosperidade. Todavia, é necessário observar que a confissão positiva não nega diretamente nenhuma das doutrinas fundamentais da fé cristã. Antes, a questão subjacente é a ênfase da confissão positiva; ou seja, não é o que ela ensina, mas sim o que ela não ensina. Senão vejamos:

1) A confissão positiva não ensina que o ato de profetizar e determinar não têm poder algum para fazer com que Deus abençoe.

2) A confissão positiva não ensina que as bênçãos provêm da graça de Deus, e que não é um direito que o crente pode reivindicar.

3) A confissão positiva não ensina que o crente, ao pedir por uma benção, pode não recebê-la por não ser da vontade de Deus abençoar. Isto não significa falta de fé ou infidelidade da parte do crente, uma vez que Deus não é obrigado a responder todas as orações.

4) A confissão positiva não ensina que o critério final para que Deus abençoe não reside na fé do crente, mas em sua vontade soberana.

5) A confissão positiva não ensina que mesmo que o crente contribua financeiramente, Deus não é obrigado a recompensá-lo com bênçãos materiais.

6) A confissão positiva não ensina que Deus nem sempre irá abençoar o crente e suprir suas necessidades de modo sobrenatural, porém, na maioria das vezes irá abençoá-lo materialmente através do próprio trabalho.

7) A confissão positiva não ensina que a corrupção e a injustiça que impera no mundo não são espíritos demoníacos que podem ser repreendidos, mas que são combatidos pela a honestidade e com ações benéficas no âmbito social, político econômico.

8) A confissão positiva não ensina que Deus, por muitas vezes, permite que os crentes, mesmo sendo fieis sofram duramente neste mundo.

9) A confissão positiva não ensina que, quando Deus não abençoa o crente, isto não significa que ele está irado.

10) A confissão positiva não ensina que, pelo fato de muitos crentes serem pobres, isso não denota infidelidade da parte deles e nem que a riqueza é sinal da benção de Deus.

Diante das informações que foram esboçadas neste ensaio, concluímos então que, o ato de profetizar e determinar são um ensino forâneo às Escrituras e, sobretudo, herético!

Acesse em http://www.materiasdeteologia.com/2014/06/o-ato-de-profetizar-e-determinar-uma_14.html


Notas:

16. Ibid, pág 90.
17. Edir Macedo. A profecia não é adivinhação/O dia para profetizar. Vídeos acessados no you tube, em 12/06/2014.
18. Kenneth Hagin. I Believe in Visions. What Faith Is, Bible Faith. A Study Guide.
19. Bíblia de Estudo MacArthur. Notas de Rodapé, pág 1662-1663.
20. Augustus Nicodemus Lopes. O que você precisa saber sobre Batalha Espiritual, pág 97-98.
21. Bíblia de Estudo Genebra. Notas de Rodapé, pág 836.
22. Antônio Pereira da Costa Junior. Artigo: Há realmente poder em nossas palavras?
23. Bíblia de Estudo MacArthur. Notas de Rodapé, pág 1298.
24. William Hendriksen. Marcus, pág 581.
25. Simon Kistemaker. 2 Coríntios, pág 216-218.
26. Augustus Nicodemus Lopes. Tiago, pág 107.
27. Douglas J. Moo. Tiago, pág 128

domingo, 25 de maio de 2014

Curandeiros Gospel do século XXI


Analisando vários fatos e comentário pela internet sobre charlatanismo nas igrejas evangélicas e outras, resolvi vim a público e colocar minha observação a luz da bíblia sobre os tais curandeiros do século 21. Poderia citar muitas coisas aqui, mas vou me ater apenas a poucas observações que fiz a luz da palavra de Deus.

Primeiro vamos analisar como eles atuam:

1- Lembra ao público presente que não teve contato com ninguém antes do evento, para não caracterizar “levantamento de informação”

2- Critica duramente quem tem postura de examinador nas igrejas, e faz referencia até ser do diabo quem não tem fé, e algumas vezes diz que por não ter fé não será salvo e faz referencia bíblica tais como: “quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado”Mc.16.16


3- Ante de iniciar o “show” pede que as pessoas coloquem a mão na sua enfermidade, que o mesmo irá fazer uma oração. ( É o tempo necessário que eles tem, para jogar o anzol e identificar o mal, ele vai andando por entre as pessoas e memorizando a seguir diz qual região a pessoa está sofrendo, depois deixa o resto com a vítima que sem perceber vai dando as cartas para o charlatão.)

4- A maioria se utiliza de muito barulho ou fundo musical, para poder andar por entre o povo e escolhendo pessoas (na sua maioria pessoa idosa ou de pouca cultura) para fazer o seu “show”. Após escolher a vítima, enquanto a igreja está em êxtase sem perceberem finge que está orando pela pessoa e pergunta o nome dela ou o nome de quem a está acompanhando (já está comprovado com testemunhos de quem caiu nessa falácia, pesquise na internet).

5- Com o advento da internet e site de relacionamento, também ficou claro que não precisa de muita coisa para saber o nome de algumas pessoas na igreja na qual se vai “ministrar” (um caso não muito recente revelou um charlatão brasileiro nos EUA) veja em http://www.youtube.com/watch?v=Y-Wesf5lYdc .

6- Na sua maioria são arrogantes, usam o nome de pessoas ou ministérios conhecidos para fazer valer o crédito ministerial. Não tem muita educação, fazem piadas constrangedoras, insultam quem duvida.

7- As supostas curas que eles dizem acontecer, são aquelas que não podem ser comprovadas de maneira ocular, (coxos andarem, cegos vêem, surdos ouvirem, pernas amputadas recuperadas, pernas ou braços atrofiados perfeitos e etc.) os males que eles dizem ter sido repreendido são internos e não podem ser comprovados no momento.

REFUTAÇÕES:

1- Jesus e os apóstolos nunca buscaram enfatizar curas e milagres e sim a mensagem do evangelho, alguns apoiados pelo segmento chamado “Terceira Onda” acreditam que os milagres são mais eficazes do que a mensagem do evangelho para produzir a resposta da fé no coração das pessoas tal como seu proponente Pr. Winber.

“Nessa filosofia esconde-se duas falácias, que a tornam completamente ineficaz em ganhar pessoas para fé genuína em Cristo. Primeira: quando os milagres tornam-se o alicerce de um convite evangelístico, a verdadeira mensagem do evangelho - a expiação de nossos pecados realizada por Cristo e seu direito de ser senhor de nossa existência. {Rm.14.9 - ) transforma-se em uma questão secundária. O Jesus histórico e bíblico é deixado de lado e substituído por uma versão mística e etérea. Sinais e maravilhas , e não mais o salvador, passam a constituir o foco da fé.” John MacArthur

Todos os apóstolos estiveram focados na mensagem do evangelho e não nas curas. 1 Co.1.23, 15.3-4. A fé jamais virá pela cura e sim pela pregação da palavra. Rm.10.17. O poder de Deus é o evangelho. Rm.1.16. Se não crerem no evangelho de nada adiantará a ressuscitar mortos. Lc.16.31.

A despeito dos muitos sinais e maravilhas realizados, Jesus não praticou o “Evangelismo de Poder”. Repetidas vezes Ele repreendeu pessoas que exigiam sinais: (Mt.12.38-39, 16.1-4, Mc.8.11-12, Lc.11.16, 29, 23.8-9 e Jo.4.48.) Jesus muitas vezes pregou sem realizar milagres. (Mt.13.1-52, 18.1-35, Jo.7.14-44. Leia também este texto Mc.1.29-44 e atente para o verso 38.


2- Por que eles criticam quem julga o que acontece? O que a bíblia diz sobre isso? Sou autorizado a julgar o que acontece?

“Examinai tudo. Retende o bem” 1Ts.5.21.

“Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.” 1 Co. 2:15.

“Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.” Atos 17:11.

“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” 1 João 4:1

Outra observação ainda no tópico 2 sobre “quem não crer será condenado”, o que Jesus está falando não é crer na cura ou operação de milagres, (veja que o contexto já fala por si) mas quem não crer no que Jesus fala, ou seja na sua palavra. Muitos chegaram até Jesus e pediram que ajudassem a sua fé, porém outros foram aprovados pela convicção que tiveram do seu salvador.

Os tópicos 3,4 e 5 não necessitam de comentários, apenas faça sua própria observação, pois para mim o artigo 171 quase se enquadra a estes elementos.

6- Quando analiso o ministério do apóstolo Paulo, observo em sua carreira um profundo crescimento em direção da humildade. Paulo chega ao ponto de não se identificar no arrebatamento ao terceiro céu. 2 Co.12.2. Em uma carreira ministerial como a deste apóstolo notei degraus em declive. Veja: em 1Co.15.9 ele se considera o menor dos apóstolos, depois em Efésios 3.8 o menor dos santos e após longos 8 anos em 1 Tm.1.15 o maior de todos os pecadores.


Sim em várias de suas epístolas, o apóstolo Paulo reconhece sua fraqueza e misericórdia de Deus. Entendo a luz destes contextos, que quanto mais alguém é usado por Deus, mais humilde ele ou ela é. Não há lugar para arrogância onde o Espírito de Deus atua. Há lugar para fraqueza, e não para o pecado.

7- A maioria dos milagres efetuados por Jesus e seus apóstolos foram visíveis e comprovados. E não ficou sujeito a duvidas.


Conclusão: Não duvido que Deus opere milagres em nossos dias, entretanto não acredito que Deus está obrigado curar segundo minha vontade ou minha agenda de programação. Se de fato Deus usa estas pessoas como elas querem, por que as mesmas não vão aos leprosários, hospitais do câncer, UTIs ou outras instituições de saúdes e fazem o que mais interessas aquelas pessoas. Muitas estão perdendo membros para o câncer, outros estão mutilados para a lepra.

Eu vi minha tia morrer com um buraco que atravessava seu corpo causado por um câncer, e nós oramos muito por ela, vi meu pai morrer em meu colo sufocado por um edema pulmonar que o impediu de continuar respirando.

Por que eles não querem ir a estes lugares? Por que só buscam grandes cruzadas para realizarem os seus “milagres”? Sei que serei criticado por estas verdades, alguns dirão até que não tenho fé. (Pois é sempre este o argumento dos que não sabem responder sobre esta questão)

Entretanto vejo finanças por trás de tudo isso, vejo homens corruptos que vão enganando e sendo enganados por estes lobos vestidos de ovelhas. Pois se tivesse amor eles não iriam medir esforços para está onde Jesus estaria.

“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores.” Mateus 7:15

“O meu povo está sendo destruído porque lhe falta conhecimento” Oséias 4.6

Voltem à palavra, voltem ao evangelho.

Em Cristo



Pr. Neemias Fagundes

terça-feira, 6 de maio de 2014

Quem é espiritual?



Mensagem baseada na carta de Paulo aos Efésios 5.18.

De uma maneira bem clara, comentamos sobre o que é ser espiritual a luz do contexto destes capítulos. Reflita em alguns minutos e reveja seu conceito sobre ser cheio do Espírito.
Entenda porque muitos serão excluidos (Mateus 7.22-23) de diante da presença de Jesus, ao argumentarem ter profetizado e realizados maravilhas em Seu Nome.
Sobre "Religiões de mistério" pesquise sobre Finney, Hagin, Copeland, Movimento Carismáticos e sua origem.

Neemias Fagundes
Pastor


O que tens feito com os teus talentos?

 Introdução: Após o caos dos últimos dias, Jesus descreve dois públicos que estarão presentes neste período. Servo fiel e infiel, Virgens pr...